São Paulo, terça-feira, 14 de agosto de 2007

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"A esta altura, já estaríamos no FMI", diz Mantega

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que o Brasil nunca esteve tão preparado para enfrentar adversidades no mercado financeiro e citou, como argumento, atitudes tomadas em outras crises.
"Antigamente, a esta altura, o ministro da Fazenda já teria ligado para o FMI para garantir a benevolência em caso de necessidade", disse. "Quem poderia imaginar que um ministro da Fazenda [brasileiro] falaria em crescimento sustentável enquanto os bancos centrais da União Européia e dos EUA estão injetando liquidez nos mercados?", perguntou.
Mantega fez essas afirmações ontem, na cerimônia de entrega do Prêmio Valor 1000-2007, que homenageou empresas de destaque na economia em 27 setores de atividade. O grande prêmio foi para a WEG, na categoria mecânica.
Na visão do ministro, se a atual turbulência não afetar a inflação, não haverá por que alterar o ritmo de queda dos juros. Segundo ele, a decisão do Banco Central virá do acompanhamento de preços do mercado e até o momento não houve nenhuma pressão inflacionária. Ele citou o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de julho, que, com 0,24%, ficou dentro das previsões, e a previsão de mercado do relatório Focus, que subiu de 3,6% para 3,7% e se manteve "muito abaixo do centro da meta".
Mantega disse não ver relação entre investimento interno no Brasil e a atual turbulência do mercado. "O investimento que ocorre hoje tem como principal objetivo o robusto mercado de consumo no setor automobilístico, de alimentos, que estão crescendo a uma taxa acima de 10% ao ano."


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