São Paulo, terça-feira, 14 de agosto de 2007

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Emprego industrial pára de crescer em junho, diz IBGE

Ocupação caiu 0,1% em relação a maio; para instituto, houve uma "acomodação'

Primeiro semestre fechou com aumento de 1,6% em relação a 2006; incremento deve-se à alta do crédito e a taxas de juros menores

Danilo Verpa - 28.jun.07/Folha Imagem
Linha de produção de aço da Belgo Bekaert Arames, em Osasco


PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

O emprego na indústria fechou o primeiro semestre em alta: cresceu 1,6% em relação aos seis primeiros meses de 2006, quando havia registrado expansão de 0,5%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Sinalizado pela folha de pagamento (salários, benefícios e abonos), o rendimento da indústria também subiu no primeiro semestre: 4,6%, contra alta de 0,7% em 2006.
Em junho, houve uma "acomodação" do emprego, diz o instituto. A ocupação caiu 0,1% na comparação livre de influências sazonais com maio, depois de cinco meses consecutivos de crescimento. Já em relação a junho de 2006, o indicador manteve a tendência positiva e subiu 2,1%.
André Oliveira, economista da Coordenação de Indústria do IBGE, afirmou que o recuo de maio para junho "deve ser interpretado como uma acomodação", já que o emprego vem de um período longo de crescimento e continuou com a mesma trajetória nas comparações com 2006.
Segundo o economista, o incremento da ocupação está apoiado na expansão da produção industrial (4,8% no primeiro semestre) -beneficiada por crédito maior, juros mais baixos e expectativa positiva dos empresários.
Macedo ressaltou ainda que o crescimento do emprego foi "difuso e atingiu a maior parte dos locais e setores pesquisados". No primeiro semestre, a indústria de São Paulo, maior parque industrial do país, contratou 2,3% mais, sob impacto especialmente do setor de máquinas e equipamentos, o mesmo que lidera o crescimento da produção. O Estado representou a principal contribuição positiva para a taxa nacional.
Dos 14 locais pesquisados, só houve queda (1,7%) no Rio Grande do Sul no semestre por causa do efeito cambial negativo sobre o setor de calçados.

Folha de pagamento
No primeiro semestre, a folha de pagamento cresceu em todos os locais pesquisados. A maior contribuição veio de São Paulo -alta de 3,2%. Por setor, os melhores desempenhos ficaram com alimentos e bebidas, 7,9%; produtos químicos, 9,6%; e indústria extrativa, 16,2% -nos dois últimos casos, são ramos que tradicionalmente pagam os salários mais altos.
De maio para junho, a folha de pagamento cresceu 0,2%, após queda de 0,7% em maio.


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