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BELEZA
Indústria nacional cresce 13%
Cosmético "genérico" esquenta o mercado
CÍNTIA CARDOSO
DA REPORTAGEM LOCAL
Por trás do crescimento da indústria de cosméticos brasileira- estimado em 13% neste ano- estão dois fatores: a expansão das vendas de marcas "genéricas" e a alta do dólar.
Segundo João Carlos Basílio,
presidente da Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal e Cosméticos), a diminuição do poder aquisitivo do
brasileiro tem levado consumidores a comprar produtos informais, ou seja, produzidos em empresas de pequeno porte e não-legalizadas.
"Há dois anos a parcela de mercado de marcas de creme dental
sem registro era de 0,2%. Hoje, já
representam 7%. Num segmento
que fatura R$ 800 milhões por
ano, a perda das empresas registradas para as informais chega a
R$ 56 milhões", afirmou Basílio.
De acordo com ele, esses produtos ganham terreno principalmente entre os consumidores distantes dos grandes centros.
No caso dos batons, a associação informou que as marcas informais já abocanharam 40% do
mercado nos últimos dois anos.
Mas a associação ainda não possui dados a respeito da participação total dessas empresas no faturamento total do setor.
Para competir com a expansão
dos informais, as empresas, notadamente as marcas voltadas para
as classes com menor poder de
compra, investem em produtos
que prometem conciliar embalagens mais atraentes com qualidade e preços mais baixos.
Esse é o caso da Yamá Cosméticos. Com uma linha de produtos
populares para cabelo- com
preços médios de R$ 2,50-, a
empresa renovou a linha de embalagens e apresenta na feira Cosmética 2002 produtos com novas matérias-primas.
"Made in Brazil"
Para boa parte das indústrias
brasileiras, a alta do dólar significou aumento da demanda por
produtos nacionais. Graças a isso,
o setor de perfumaria, por exemplo, deve crescer 20,9% em 2002
em relação ao ano passado.
"Um bom perfume nacional fica na faixa dos US$ 10 contra US$
50 de um importado", diz Basílio.
Essa aposta em produtos "made
in Brazil" se traduz no incremento das exportações. No primeiro
semestre deste ano as exportações
cresceram 38,18%. O carro-chefe
são os produtos para cabelo, que
nos primeiros cinco meses do ano
acumularam crescimento nas
vendas externas de 122,82%.
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