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PREVIDÊNCIA
De janeiro a agosto já foram recuperados R$ 7 bi; fiscalização será ampliada para meta deste ano ser alcançada
INSS quer recuperar R$ 15 bi de devedores
DA REPORTAGEM LOCAL
A Previdência Social quer recuperar R$ 15 bilhões neste ano em
contribuições que deixaram de
ser recolhidas ao INSS (Instituto
Nacional do Seguro Social). De janeiro a agosto já foram recuperados R$ 7 bilhões, segundo a AgPrev (Agência de Notícias da Previdência Social). A fiscalização será ampliada até o final do ano para obter os R$ 8 bilhões restantes.
Para o secretário-executivo do
Ministério da Previdência Social,
Álvaro Sólon de França, "o país
amadureceu muito nas duas últimas décadas e, no Brasil de hoje,
não há espaço para sonegadores,
corruptos e fraudadores".
A sonegação ocorre porque
muitas empresas deixam de recolher as contribuições (tanto a descontada dos empregados como a
da própria empresa) devidas
mensalmente ao INSS. Em julho,
a dívida total dos contribuintes
(empresas e pessoas físicas) com
o INSS estava em R$ 176,6 bilhões.
Sólon diz que "a sonegação
compromete os programas sociais, além de atrasar o crescimento econômico do país". Hoje, 21,4
milhões de pessoas recebem benefícios do INSS.
As empresas que têm dívidas
com o INSS mas não aderiram ao
Refis 2 (parcelamento especial encerrado em 31 de agosto) serão as
primeiras a serem fiscalizadas.
Mas isso não quer dizer que as demais empresas estarão livres de
serem fiscalizadas, diz Sólon.
A fiscalização é dividida por
segmentos de atividade econômica e pelo porte das empresas.
"Concentramos forças no monitoramento dos grandes contribuintes que, juntos, respondem
por 80% da arrecadação."
Estão sendo desenvolvidas
ações especiais de fiscalização nas
empresas que expõem seus trabalhadores a agentes nocivos à saúde, nas da construção civil e nas
de prestação de serviços.
Na Procuradoria do INSS existem R$ 80,3 bilhões em créditos
constituídos. Desse total, R$ 78,7
bilhões estão inscritos na dívida
ativa para execução, diz Sólon.
Boa parte desses créditos, contudo, pertence a empresas que
aderiram ao Refis 2. Há ainda R$
19,53 bilhões em créditos à espera
de decisão nas gerências executivas e outros R$ 4,49 bilhões estão
aguardando julgamento de recursos no CRPS (Conselho de Recursos da Previdência Social).
A Procuradoria arrecadou R$
429 milhões no primeiro semestre
do ano, 126% a mais do que no
mesmo período de 2002. Os procuradores adotaram uma estratégia bem-sucedida: pedir à Justiça
que determine a penhora do faturamento das devedoras. A iniciativa tem dado certo, especialmente com prestadoras de serviços,
instituições financeiras, telefônicas e empresas de transporte.
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