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O VÔO DA ÁGUIA
Presidente do Fed diz que possibilidade de nova recessão é pequena
Greenspan descarta risco de deflação
DA REDAÇÃO
O presidente do Federal Reserve, Alan Greenspan, afirmou que
a economia norte-americana passa por um momento difícil, devido à queda no valor das ações e a
uma possível guerra contra o Iraque. Mas, para o presidente do
banco central norte-americano,
são pequenos os riscos de o país
enfrentar uma nova recessão ou
mesmo um período de deflação.
Greenspan, que participou ontem da sessão conjunta da Comissão de Economia do Congresso
dos EUA, disse que o corte de
meio percentual nos juros, na semana passada, deverá ajudar o
país a sair do "momento de fraqueza". Afirmou ainda que, se a
economia progredir da maneira
que o Fed imagina, não serão necessários novos estímulos.
"A economia está desacelerando ou estagnada, mas não há evidências, ao menos até o momento, de que a queda esteja se acelerando", disse o presidente do Fed.
"O que de fato há é um grande nível de incertezas."
Na semana passada, o conselho
de política monetária do Fed surpreendeu o mercado financeiro
ao derrubar os juros num agressivo corte de meio ponto percentual. A taxa caiu para 1,25% ao
ano, a menor desde 1961.
"Embora o crescimento tenha
se sustentado relativamente bem
no último ano, várias forças ainda
pesam sobre a economia", disse
Greenspan aos congressistas. Para o presidente do Fed, tais "forças" negativas seriam a lenta recuperação dos investimentos, a queda das Bolsas, os escândalos contábeis e os temores de uma eventual guerra contra o Iraque.
"Nos últimos meses, essas forças cobraram uma taxa da atividade, e os indicadores mostram
que a economia atingiu um momento de fraqueza", concluiu.
O presidente do Fed procurou
reduzir a importância dos comentários, feitos por economistas
norte-americanos como Paul
Krugman, de que os EUA podem
sofrer uma "japanização" -ou
seja, cair num período prolongado de estagnação e deflação. "Não
temos o tipo de fraqueza que
pressagia que a economia cairá de
uma maneira cumulativa."
Greenspan disse que, embora
atentadas, as autoridades monetárias do país não vêem um elevado risco de deflação. Em um tom
otimista, o presidente do Fed afirmou que é "mais provável" que a
atividade comece a se acelerar, assim que superadas as incertezas.
O presidente do Fed disse ainda
que não espera um grande choque em caso de uma guerra no
golfo Pérsico. Para Greenspan, os
efeitos serão "modestos". Afirmou ainda que não espera uma
queda acentuada nos gastos.
Com agências internacionais
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