São Paulo, quinta-feira, 14 de novembro de 2002

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MERCADO FINANCEIRO

Do total de R$ 1,8 bilhão que vence hoje, rolagem alcança 58,5%; moeda dos EUA sobe 0,55%

BC não rola dívida toda, e dólar vai a R$ 3,63

DA REPORTAGEM LOCAL

Em um dia marcado por oscilações, o dólar fechou com alta de 0,55% e encerrou os negócios vendido a R$ 3,63. O risco-país, medido pelo JP Morgan, subiu 1,1% e atingiu 1.826 pontos.
O principal motivo para a alta da moeda norte-americana foi o fato de o Banco Central (BC) não ter conseguido rolar o restante da dívida cambial que vence hoje.
O BC já negociou em outros leilões a rolagem de 58,5% da dívida, de R$ 1,8 bilhão. Ontem houve a tentativa de elevar esse percentual por meio de novo leilão, mas as taxas pedidas pelo mercado não foram aceitas pelo BC.
A alta do dólar foi pressionada pelos investidores durante a manhã, o que elevou o Ptax (preço médio do dólar, medido diariamente pelo BC), valor que baliza o resgate dos papéis, em 2,29%.
Após o anúncio de que o Iraque havia aceitado receber os inspetores da ONU, os mercados internacionais se animaram e ajudaram o dólar a diminuir a alta no mercado interno.
Os contratos DI -que consideram os negócios entre bancos- com vencimento em dezembro subiram de 21,76% para 22,05% ao ano. Esse movimento reforça a tese de que os investidores estão trabalhando com a possibilidade de aumento da taxa Selic.
A Bovespa, que também oscilou bastante durante o dia, fechou em alta de 0,44%. O volume financeiro total foi de R$ 433 milhões.
A maior alta do pregão foi AES Elpa ON -por cinco dias consecutivos o papel havia liderado as baixas do Ibovespa.
Na posição inversa, Net PN, que fechou a terça-feira como a maior alta da Bolsa (25%), liderou as quedas de ontem, com desvalorização de 7,5%.
O setor elétrico também foi destaque positivo, com altas para as ações da Light ON (5,7%) e da Cesp PN (5%).
A Bovespa voltou a apresentar queda no saldo de investimentos estrangeiros nos dez primeiros dias deste mês. O saldo entre as compras e vendas ficou negativo em R$ 12,1 milhões. No ano, o déficit é de R$ 2 bilhões.
Apesar de o saldo deste mês ainda ser pouco relevante no volume total, ele representa inversão em relação a outubro, quando o saldo líquido de entradas de recursos estrangeiros na Bovespa foi positivo em R$ 165,5 milhões, fato que não acontecia desde abril.
(GEORGIA CARAPETKOV)


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