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MERCADO FINANCEIRO
Do total de R$ 1,8 bilhão que vence hoje, rolagem alcança 58,5%; moeda dos EUA sobe 0,55%
BC não rola dívida toda, e dólar vai a R$ 3,63
DA REPORTAGEM LOCAL
Em um dia marcado por oscilações, o dólar fechou com alta de
0,55% e encerrou os negócios
vendido a R$ 3,63. O risco-país,
medido pelo JP Morgan, subiu
1,1% e atingiu 1.826 pontos.
O principal motivo para a alta
da moeda norte-americana foi o
fato de o Banco Central (BC) não
ter conseguido rolar o restante da
dívida cambial que vence hoje.
O BC já negociou em outros leilões a rolagem de 58,5% da dívida,
de R$ 1,8 bilhão. Ontem houve a
tentativa de elevar esse percentual
por meio de novo leilão, mas as
taxas pedidas pelo mercado não
foram aceitas pelo BC.
A alta do dólar foi pressionada
pelos investidores durante a manhã, o que elevou o Ptax (preço
médio do dólar, medido diariamente pelo BC), valor que baliza o
resgate dos papéis, em 2,29%.
Após o anúncio de que o Iraque
havia aceitado receber os inspetores da ONU, os mercados internacionais se animaram e ajudaram
o dólar a diminuir a alta no mercado interno.
Os contratos DI -que consideram os negócios entre bancos-
com vencimento em dezembro
subiram de 21,76% para 22,05%
ao ano. Esse movimento reforça a
tese de que os investidores estão
trabalhando com a possibilidade
de aumento da taxa Selic.
A Bovespa, que também oscilou
bastante durante o dia, fechou em
alta de 0,44%. O volume financeiro total foi de R$ 433 milhões.
A maior alta do pregão foi AES
Elpa ON -por cinco dias consecutivos o papel havia liderado as
baixas do Ibovespa.
Na posição inversa, Net PN, que
fechou a terça-feira como a maior
alta da Bolsa (25%), liderou as
quedas de ontem, com desvalorização de 7,5%.
O setor elétrico também foi destaque positivo, com altas para as
ações da Light ON (5,7%) e da
Cesp PN (5%).
A Bovespa voltou a apresentar
queda no saldo de investimentos
estrangeiros nos dez primeiros
dias deste mês. O saldo entre as
compras e vendas ficou negativo
em R$ 12,1 milhões. No ano, o déficit é de R$ 2 bilhões.
Apesar de o saldo deste mês ainda ser pouco relevante no volume
total, ele representa inversão em
relação a outubro, quando o saldo
líquido de entradas de recursos
estrangeiros na Bovespa foi positivo em R$ 165,5 milhões, fato que
não acontecia desde abril.
(GEORGIA CARAPETKOV)
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