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O VÔO DA ÁGUIA
Aumento nas importações, principalmente da China, faz saldo de setembro ficar negativo em US$ 41,27 bi
Déficit comercial norte-americano volta a crescer
DA REDAÇÃO
O reaquecimento econômico
fez com que o déficit comercial
dos EUA voltasse a crescer em setembro. As importações atingiram um valor recorde, enquanto
as exportações não cresceram no
mesmo ritmo. O déficit em relação à China também bateu novos
recordes.
De acordo com o Departamento do Comércio dos EUA, o déficit
na balança de bens e serviços ficou negativo em US$ 41,27 bilhões em setembro. No mês anterior, o saldo negativo tinha sido
de US$ 39,52 milhões.
As importações cresceram 3,3%
e atingiram US$ 127,43 bilhões,
puxadas pela maior aquisição de
carros, autopeças e máquinas. Do
total, US$ 21,13 bilhões foram em
serviços, principalmente gastos
com viagens e transportes.
Já as exportações tiveram alta de
2,8%, a maior em três anos, e subiram para US$ 86,16 bilhões. A
exportação de serviços atingiu
um recorde de US$ 26,3 bilhões.
As vendas norte-americanas ao
exterior têm tirado proveito da
desvalorização do dólar ante as
principais moedas do planeta, sobretudo o euro. Mas o aumento
das vendas não foi suficiente para
compensar o salto nas importações ocorrido no período.
Descompasso
Os EUA crescem a um ritmo
bem maior do que a grande maioria dos principais parceiros comerciais do país. Isso contribui
para que a demanda americana
por importados seja bem superior
à demanda externa por produtos
americanos.
Apenas nas transações com os
chineses, o déficit norte-americano ficou em US$ 12,7 bilhões no
mês, um recorde. O crescente desequilíbrio entre as contas dos
dois países deverá acirrar a pressão para que os chineses desvalorizem sua moeda, o yuan.
O déficit dos EUA com a China
cresceu 22% entre o segundo e o
terceiro trimestre do ano. Em
igual período do ano passado, já
havia ocorrido um aumento de
26%. O saldo negativo com os chineses representa mais de um
quarto do déficit total dos EUA.
Ainda em setembro, o déficit
com a União Européia também
cresceu e subiu para US$ 8,1 bilhões. Com o Canadá, o buraco foi
de US$ 5,2 bilhões, e na relação
com o México, de US$ 3,3 bilhões.
Já o Brasil piorou um pouco seu
desempenho. Depois de ter registrado um superávit de US$ 584
milhões em agosto com os americanos, as transações brasileiras tiveram em setembro um saldo positivo de US$ 566 milhões. Nos
nove primeiros meses do ano, o
saldo é de US$ 5,138 bilhões a favor do Brasil.
Os EUA registram saldo negativo com praticamente todos os
seus principais parceiros comercias. No acumulado do ano, os
únicos países que mantêm déficit
significativos com os EUA são
Holanda (US$ 6,6 bilhões), Austrália (US$ 5 bilhões), Bélgica
(US$ 3,9 bilhões) e Hong Kong
(US$ 3,2 bilhões).
Com agências internacionais
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