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China prevê expansão de 9,5% em 2007
Investimentos e exportações devem desacelerar; no entanto, superávit comercial continuará em alta e poderá chegar a US$ 180 bi
Crescimento de 2006 deverá ser de 10,5%; estudo propõe
que parte das reservas internacionais seja usada na compra de petróleo e metais
CLÁUDIA TREVISAN
DA REPORTAGEM LOCAL
A economia chinesa deverá
crescer 9,5% em 2007, segundo
estimativa de um centro de estudos ligado ao governo. Se
confirmado, o índice representará uma ligeira desaceleração
em relação a 2006, quando a
expansão deverá atingir 10,5%.
A previsão é bastante superior à meta de crescimento médio anual de 7,5% adotada no
Plano Qüinqüenal para o período 2006-2010, aprovado pelo
Congresso Nacional do Povo
em março.
Na China, a economia real
tem superado com freqüência
as estimativas oficiais. No início de 2005, o governo previu
expansão de 8% do PIB, e o índice acabou sendo de 9,9%. No
ano anterior, a meta foi de 7%, e
o crescimento, de 10,1%.
A estimativa de expansão de
9,5% em 2007, mais próxima
da realidade, é do Centro de Informação Estatal, órgão de pesquisa ligado à poderosa Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma, responsável
pelo planejamento chinês.
Segundo o estudo, o ritmo de
expansão dos investimentos
vai ser menor no próximo ano.
Principal motor da expansão
chinesa, os investimentos deverão ter alta de 20% e atingir
US$ 1,68 trilhão em 2007. Nos
primeiros nove meses de 2006,
o índice cresceu 27,3%.
Apesar da desaceleração, os
investimentos continuarão a
representar mais de 50% do
PIB, uma relação altíssima para
os padrões internacionais. No
Brasil, o indicador está em torno de 20% do PIB.
Outro pilar do crescimento,
as exportações terão crescimento de 15%, prevê o estudo.
O índice é 9,5 pontos percentuais inferior à previsão de expansão em 2006, quando as
vendas externas deverão atingir US$ 960 bilhões e as importações, US$ 810 bilhões.
Mesmo com queda nas exportações, o superávit comercial deverá ter expansão, passando de algo em torno de
US$ 150 bilhões neste ano para
US$ 180 bilhões em 2007.
A OMC (Organização Mundial do Comércio) avalia que a
China deverá assumir no próximo ano a segunda posição entre os maiores exportadores do
mundo, acima dos Estados
Unidos e atrás da Alemanha.
O crescente superávit comercial fortalece a pressão internacional para que a China
valorize sua moeda, o yuan.
Além disso, aumenta o enorme
volume de reservas internacionais, que já ultrapassaram a
marca de US$ 1 trilhão.
O Centro de Informação Estatal sugere no estudo que o governo utilize parte das reservas
para comprar recursos estratégicos para o desenvolvimento
do país, como petróleo e metais, quando os preços internacionais estiverem favoráveis.
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