DA AGÊNCIA FOLHA

A Companhia Vale do Rio Doce ingressou ontem com uma denúncia na OEA (Organização dos Estados Americanos) contra o Brasil, que é membro da organismo.
Na petição, a Vale afirma que as recentes invasões às instalações da empresa no Pará (índios xicrins), no Maranhão (guajajaras) e em Minas Gerais (crenaques) são decorrentes da ausência de políticas públicas efetivas de proteção dos povos indígenas. Para a companhia, a obrigação de ajudar financeiramente essas comunidades não é dela, mas do Estado brasileiro.
A Vale quer que a Comissão de Direitos Humanos da OEA formule recomendações ao Estado brasileiro para adoção de políticas públicas para os índios. Ela solicita, ainda, que o país adote medidas cautelares imediatas para evitar novas invasões.
A ação da ocorre após a invasão promovida por cerca de 200 xicrins às instalações da Vale em Carajás (694 km de Belém), no dia 17 de outubro. Em resposta à invasão, a empresa anunciou no dia 31 o corte da verba de R$ 9 milhões anuais às aldeias Cateté e Djudjekô, no Pará.
Segundo a empresa, nos dois dias de paralisação, ela registrou um prejuízo de aproximadamente US$ 10 milhões.
(RENATA BAPTISTA)


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