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Ganho do Banco do Brasil recua 20% e fica bem abaixo do dos bancos privados
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Maior instituição financeira
do país, o Banco do Brasil lucrou R$ 3,8 bilhões nos nove
primeiros meses do ano, queda
de 20,7% ante mesmo período
de 2006 e abaixo dos R$ 6,4 bilhões obtidos pelo Itaú e R$ 5,8
bilhões do Bradesco.
No terceiro trimestre, o banco teve lucro de R$ 1,4 bilhão.
Apesar de o resultado ser 50%
melhor do que o do mesmo trimestre de 2006, o desempenho
da instituição controlada pela
União é inferior ao dos seus
concorrentes privados no período: R$ 2,4 bilhões do Itaú e
R$ 1,9 bilhão do Bradesco.
O dado do BB foi influenciado pela carteira de crédito, que
tem contribuído para safra de
lucros recordes das instituições
financeiras, e refletiu também
o custo das políticas públicas.
Principal agente financeiro
na área agrícola, o BB sofreu
com a queda de 0,7% nos empréstimos ao setor entre junho
e setembro. O agronegócio é
quase 30% da carteira de crédito do BB. Além da entressafra,
pesou o fato de o banco ter praticamente parado a concessão
de novas operações aos agricultores enquanto acertava como
ficariam as parcelas de empréstimos anteriores vencidas neste ano e incluídas na renegociação de 2006 com o governo.
Com isso, apesar de verificar
aumento de 5,7% nas operações com pessoas físicas e de
5,9% com as empresas, a carteira de crédito, que alcançou R$
137,6 bilhões, subiu apenas
3,5% no trimestre, ante 7,5% do
Bradesco e 8,7% do Itaú.
Enquanto seus concorrentes
privados investiram em incorporações de instituições menores e compra de outras carteiras de crédito, elevando sobretudo os empréstimos nas áreas
de veículos e habitacional, o
Banco do Brasil ficou praticamente fora dois mercados promissores.
Tradicionalmente, a área habitacional sempre foi o foco da
Caixa Econômica Federal, também controlada pela União, enquanto o Banco do Brasil se
concentrou na agricultura.
Apenas em 2008, o BB deverá
investir na sua própria carteira
habitacional, focando em imóveis nas faixas de renda média e
alta para não bater de frente
com a Caixa.
(SDA)
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