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Só 15% pretendem gastar mais com presente
Roupas e calçados serão produtos mais demandados no Natal, segundo pesquisa com mil consumidores
FÁTIMA FERNANDES
TATIANA RESENDE
DA REPORTAGEM LOCAL
O consumidor brasileiro deve gastar R$ 44,7, em média,
por presente neste Natal. E, para uso próprio, os produtos
mais demandados serão roupas
e calçados, segundo pesquisa da
Ipsos com mil pessoas no país,
a pedido da Fiesp (Federação
das Indústrias do Estado de São
Paulo) e da ACSP (Associação
Comercial de São Paulo).
Consumidores de maior poder aquisitivo devem gastar R$
107 por presente, e os de menor
poder aquisitivo, R$ 17,1. Curiosamente, consumidores da
região Sul, onde o poder de
compra é maior, devem gastar
menos por presentes do que os
das regiões Nordeste e Centro-Oeste -R$ 25,1 e R$ 58,7, respectivamente, segundo a Ipsos.
Para 39% dos consumidores
entrevistados no país, os gastos
com presentes serão os mesmos dos do ano passado; para
30%, menores, e, para 15%,
maiores. "A economia vai bem,
mas isso não quer dizer que o
consumidor vai gastar bem
mais neste ano", afirma André
Rebelo, gerente do departamento de economia da Fiesp.
A intenção do consumidor de
comprar roupas e calçados é
maior entre consumidores de
classes de maior poder aquisitivo. Nas classes de menor poder
aquisitivo, a Ipsos constatou
que o desejo é adquirir eletrodomésticos, como geladeiras,
televisores e fogões.
"A pesquisa mostra a intenção dos consumidores de comprar roupas, calçados, perfumes e jóias. Mas, na realidade,
eles estão comprando mais do
que isso. Na nossa avaliação,
não será um Natal de presentinhos. O consumidor, especialmente o de menor poder aquisitivo e que mora no Nordeste,
está adquirindo eletrodomésticos e aproveitando o crédito
mais farto e longo", diz Emílio
Alfieri, economista da ACSP.
A consulta aos mil consumidores também constatou que
os bens de menor valor serão
pagos à vista, e os de maior valor, a prazo. Na compra de livros e CDs, o pagamento à vista
foi citado por mais de 90% dos
entrevistados. Para as compras
de roupas e calçados, 68% mencionaram pagamento à vista.
O levantamento da Ipsos
também constatou que os recursos do 13º serão utilizados,
por ordem, para realizar compras para o Natal, pagar dívidas,
viajar, aplicar em investimento
bancário e reforma da casa.
Para Abram Szajman, presidente da Fecomercio SP, este
será o Natal do setor de bens
duráveis. "O comércio paulista
deve crescer entre 5% e 6%
neste ano sobre 2006. O tíquete
médio será mais alto porque será um Natal de bens duráveis,
de produtos eletroeletrônicos e
computadores."
Para Szajman, o crescimento
de vendas neste Natal será semelhante ao previsto para todo
o ano de 2007 na comparação
com 2006 -entre 5% e 5,5%. "É
um crescimento importante,
mas não é nada excepcional."
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