São Paulo, terça-feira, 15 de janeiro de 2008

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Emprego na indústria tem 5º mês de expansão

Avanço em novembro é o maior desde o fim de 2004

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

Pelo quinto mês consecutivo, o emprego na indústria cresceu em novembro: a alta foi de 0,3% na comparação livre de influências sazonais com outubro, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Nesse período de expansão, o emprego industrial acumulou expansão de 2,4%.
Em relação a novembro de 2006, houve avanço de 3,9%. Foi a maior marca desde dezembro de 2004 (4,1%) e a 17ª taxa positiva seguida, confirmando a boa fase do mercado de trabalho industrial.
De janeiro a novembro, o emprego industrial subiu 2,1% no acumulado no ano. Se mantida uma taxa positiva em dezembro, será o melhor resultado anual desde 2004, quando o número de vagas no setor fabril teve incremento de 1,8%, de acordo com o IBGE.
Para Denise Cordovil, economista da Coordenação de Indústria do IBGE, o setor viveu em 2007 seu melhor ano desde que o instituto passou a pesquisar o emprego industrial, em 2002. "O ano de 2007 foi muito positivo para a atividade da indústria e para o mercado de trabalho do setor", disse.
O ritmo acelerado da produção do setor e o bom desempenho de ramos que empregam relativamente mais -como a indústria de alimentos- explicam o crescimento do emprego, segundo a economista.
Lideraram a geração de vagas no ano passado os setores de alimentos e bebidas (4,3%), meios de transporte (7,3%, puxado pela indústria automobilística), produtos de metal (6,9%) e máquinas e equipamentos (6,6%) -nesse último caso, influenciado pela alta dos investimentos na economia.
Além desses ramos, o de equipamentos eletroeletrônicos e de comunicação se destacou na comparação com novembro de 2006 -alta de 19,5%. Regionalmente, São Paulo, que representa 37% da força de trabalho industrial, sobressaiu, com incremento de 3,5% no acumulado do ano.
Afetada pelo repique da inflação, a folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria recuou 3,5% de outubro para novembro, interrompendo uma seqüência de cinco taxas positivas -nesse período, acumulou expansão de 4,2%.


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