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Emprego na indústria tem 5º mês de expansão
Avanço em novembro é o maior desde o fim de 2004
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Pelo quinto mês consecutivo,
o emprego na indústria cresceu
em novembro: a alta foi de 0,3%
na comparação livre de influências sazonais com outubro, segundo o IBGE (Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística). Nesse período de expansão, o emprego industrial
acumulou expansão de 2,4%.
Em relação a novembro de
2006, houve avanço de 3,9%.
Foi a maior marca desde dezembro de 2004 (4,1%) e a 17ª
taxa positiva seguida, confirmando a boa fase do mercado
de trabalho industrial.
De janeiro a novembro, o emprego industrial subiu 2,1% no
acumulado no ano. Se mantida
uma taxa positiva em dezembro, será o melhor resultado
anual desde 2004, quando o
número de vagas no setor fabril
teve incremento de 1,8%, de
acordo com o IBGE.
Para Denise Cordovil, economista da Coordenação de Indústria do IBGE, o setor viveu
em 2007 seu melhor ano desde
que o instituto passou a pesquisar o emprego industrial, em
2002. "O ano de 2007 foi muito
positivo para a atividade da indústria e para o mercado de trabalho do setor", disse.
O ritmo acelerado da produção do setor e o bom desempenho de ramos que empregam
relativamente mais -como a
indústria de alimentos- explicam o crescimento do emprego, segundo a economista.
Lideraram a geração de vagas
no ano passado os setores de
alimentos e bebidas (4,3%),
meios de transporte (7,3%, puxado pela indústria automobilística), produtos de metal
(6,9%) e máquinas e equipamentos (6,6%) -nesse último
caso, influenciado pela alta dos
investimentos na economia.
Além desses ramos, o de
equipamentos eletroeletrônicos e de comunicação se destacou na comparação com novembro de 2006 -alta de
19,5%. Regionalmente, São
Paulo, que representa 37% da
força de trabalho industrial, sobressaiu, com incremento de
3,5% no acumulado do ano.
Afetada pelo repique da inflação, a folha de pagamento
real dos trabalhadores da indústria recuou 3,5% de outubro
para novembro, interrompendo uma seqüência de cinco taxas positivas -nesse período,
acumulou expansão de 4,2%.
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