São Paulo, sexta, 15 de janeiro de 1999

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Títulos da dívida externa têm queda

da Reportagem Local

Os títulos da dívida externa voltaram a ter baixa em suas cotações. O C-bond, o mais negociado, fechou a 48,875% do valor de face, patamar mais baixo de fechamento do que na época da moratória da Rússia, em agosto, quando os investidores passaram a acreditar que o Brasil também deixaria de pagar suas dívidas.
Anteontem, C-bond estava a 50% do valor de face. Na abertura do mercado, com a aprovação do minipacote do governo, chegou a subir para 52%, mas não conseguiu encontrar sustentação.
O IDU, outro título da dívida, despencou também. Suas cotações fecharam a 77,75% do valor de face, contra os 78,75% de anteontem.
A diferença entre as taxas de juros pagas por esses títulos brasileiros e os títulos do Tesouro dos norte-americanos de prazo semelhante de vencimento são usadas pelo mercado para medir o risco de investir no Brasil. É o chamado, no jargão dos investidores, "spread over Treasury".
O "spread" do C-bond, de vencimento em dez anos e meio, estava ontem a 15,20 pontos, uma alta contra os 15 pontos de anteontem. Mas o "spread over" do IDU, de vencimento mais curto, de um ano e dois meses, estava a 25,80 pontos, uma alta maior contra os 24,50 pontos de anteontem.
O fato de o "spread over Treasury" do IDU estar acima do "spread over" do C-bond mostra que, para os investidores internacionais, o risco de investir no Brasil é maior no curto prazo.



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