São Paulo, sexta, 15 de janeiro de 1999

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AVIAÇÃO
Passagens aéreas não devem ficar mais caras
Custo das empresas será de 5% a mais

SILVANA QUAGLIO
da Reportagem Local

O custo das companhias aéreas ficará cerca de 5% maior por causa da desvalorização do real. A estimativa é do presidente do Sindicato das Empresas Aeroviárias, brigadeiro Mauro Gandra.
Ele não acredita que haverá aumento no preço das passagens aéreas nos vôos domésticos. "Depois da revolução das tarifas ocorrida no ano passado, as empresas não vão repassar esse aumento de custo para o preço das passagens", afirmou.
O presidente da Varig confirmou essa previsão do brigadeiro. "Não haverá mudança na política de descontos", afirmou Fernando Pinto, segundo sua assessoria. Ele ressaltou, ainda, que o provável aumento no turismo receptivo (do exterior para o Brasil) vai gerar mais dólares para o país e para as companhias que vendem passagens no exterior ou para os vôos internacionais.
Segundo o brigadeiro, as empresas poderão optar pela redução das promoções. O aumento do custo acontece porque grande parte do insumos utilizados pela empresas aéreas -desde o arrendamento das aeronaves até o treinamento de pessoal no exterior- é calculado em dólar.
Fora isso, a maioria das empresas têm empréstimos em moeda estrangeira. Essas dívidas aumentaram mais de 8% de um dia para o outro. "A situação das empresa não é confortável porque as receitas caíram muito em 97 em razão da drástica redução das tarifas, mas a concorrência não permitirá o aumento dos preços.
A Folha apurou que as empresas deverão reduzir o número de vôos depois do Carnaval.
Segundo Tasso Gadzanis, presidente da Abav (que reúne os agentes de viagens) de São Paulo, a mudança já era esperada e o setor não deverá sofrer com ela.



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