|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
27 usinas perdem o seguro antiapagão
HUMBERTO MEDINA DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo decidiu cancelar o
pagamento de 27 das 54 usinas
que compõem o seguro anti-racionamento. A atitude faz parte
da estratégia de tentar anular ou
renegociar a maior parte dos contratos com essas usinas. Com o
cancelamento, deixarão de ser repassados para essas usinas R$ 63
milhões. No ano passado, o pagamento do seguro consumiu cerca
de R$ 800 milhões.
O dinheiro vem do consumidor,
que desde março do ano passado
paga o seguro na conta de luz. Serve para custear o pagamento do
aluguel de usinas termelétricas
que podem ser acionadas em caso
de risco de falta de energia. Com
os reservatórios das hidrelétricas
bem abastecidos e o consumo de
energia em baixa, o seguro tornou-se, na prática, desnecessário.
Mesmo com a redução do número de usinas que fazem parte
do seguro, o valor pago pelo consumidor poderá aumentar em
março. Hoje, todos os consumidores (menos os residenciais de
baixa renda) pagam R$ 0,0057
por kWh a título de "encargo de
capacidade emergencial".
Inicialmente, o programa contava com 58 usinas, que poderiam
gerar até 2.153 MW. Depois que
começou a revisar os contratos, o
governo suspendeu o pagamento
de quatro usinas, que não haviam
sido ligadas ao sistema no prazo
previsto. Com isso, a quantidade
total de energia no seguro caiu para pouco menos de 1.900 MW.
O governo pretende fazer vistoria em todas as usinas. "Quem
não tiver condições de gerar
[energia" não receberá o pagamento", disse o presidente da
CBEE.O valor que iria para as usinas será depositado em juízo.
Texto Anterior: "Hospital": Administração da AES é "temerária", afirma BNDES Próximo Texto: Produção regional: Indústria de São Paulo encolhe 1,1% em 2002 Índice
|