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Estatal gastará US$ 1,8 bi com 4 plataformas
DA SUCURSAL DO RIO
A Petrobras irá contratar
US$ 1,8 bilhão até o final do primeiro semestre deste ano em
quatro novas plataformas de
produção de petróleo. Nessas
licitações, a estatal adotará regras para garantir um percentual mínimo de encomendas às
empresas nacionais, segundo o
presidente da companhia, José
Eduardo Dutra.
A estatal seguirá, portanto, a
orientação do governo de ser
um agente de política industrial por meio de suas compras.
Durante a campanha, Lula criticou o fato de a Petrobras
montar plataformas no exterior, deixando de gerar empregos no país.
Além da P-51 e da P-52, que
tiveram sua licitação adiada
nesta semana, a Petrobras irá
abrir concorrência para encomendar mais duas plataformas: a P-53, que irá para o campo Roncador, na bacia de Campos, e será licitada em junho, e
a P-54, que irá operar no campo de Marlim Sul e será licitada
em abril. Cada uma custará
cerca de US$ 400 milhões.
Segundo Dutra, as alterações
em estudo no edital da P-51 e
da P-52 vão valer para as outras
duas plataformas.
Ele afirmou que pode-se garantir de duas formas o conteúdo nacional mínimo: ou fixando um percentual, que pode
variar de 40% a 60% do total
das encomendas, ou obrigando
o vencedor a fazer algumas
partes da obra e comprar certas
peças no país. O modelo a ser
adotado não está definido.
"Se não tem exigência nenhuma, o cara vai fazer a proposta [para a licitação" de acordo com seus interesses", disse.
Como exemplo, disse que poderá ser obrigatório realizar as
integrações dos módulos da
plataforma em estaleiros brasileiros.
Para melhorar as condições
das empresas nacionais nas
concorrências, Dutra afirmou
que o governo estuda um modelo para o BNDES financiar os
participantes das licitações.
Dutra reconhece que incluir
reserva de mercado para empresas nacionais pode elevar o
custo das obras. Mas disse que
haverá reserva "naquele tipo de
serviço no qual a Petrobras sabe que a empresa nacional tem
condições de competir".
Refino
Segundo Dutra, os números
da Petrobras sobre o déficit da
capacidade de refino são diferentes daqueles da ANP (Agência Nacional do Petróleo).
Os dados da estatal mostram
que o país precisa ter uma nova
refinaria em 2008, produzindo
150 mil barris/dia. Precisa ainda de mais 200 mil barris, que
virão da ampliação das atuais
refinarias da empresa. Ou seja:
350 mil barris/dia. A ANP afirma que a defasagem será superior a 800 mil barris em 2010.
"A ANP fala de um apagão de
refino que na nossa avaliação
partiu de uma premissa errada", disse, acrescentando que o
estudo contratado pela agência
não levou em conta a mistura
do álcool à gasolina, que varia
de 20% a 25%.
Dutra disse que a Petrobras
participará de novos projetos,
como minoritária ou controladora, dependendo de quem for
o sócio. Afirmou ainda que, do
ponto-de-vista "puramente"
econômico, é mais barato
montar uma unidade em São
Paulo, por causa da infra-estrutura instalada.
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