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MERCADO FINANCEIRO
Novas denúncias envolvendo Palocci não influenciam indicadores; Bolsa se recupera e sobe 2,03%
Cenário externo facilita queda do dólar
DA REPORTAGEM LOCAL
O dia ontem foi de recuperação
para o mercado financeiro. Com
o recuo das taxas pagas pelos títulos do Tesouro norte-americano,
a Bovespa encontrou espaço para
subir 2,03%. O dólar recuou
0,37%, indo a R$ 2,126.
O mercado não deu muita atenção às novas denúncias surgidas
ontem envolvendo o ministro
Antonio Palocci (Fazenda).
"Os investidores estavam muito
mais interessados na evolução do
mercado internacional. É claro
que o âmbito político sempre tem
importância, mas o foco dos investidores neste momento está
mesmo no cenário externo", afirma Maristella Ansanelli, economista-chefe do banco Fibra.
O dólar comercial caiu pelo
quarto dia consecutivo, depois de
sofrer certa pressão e bater nos R$
2,186 há uma semana.
Mesmo com o real retomando
sua rota de apreciação, o Banco
Central manteve sua recente decisão de cancelar o leilão de "swap
cambial reverso". Como essa operação equivale a compras de dólares no mercado futuro, acaba por
ajudar a evitar apreciações mais
relevantes do real.
"Uma eventual saída do Palocci
da Fazenda traria alguma inquietação ao mercado, ao menos até a
definição de seu substituto. Mas,
por enquanto, o mercado está
bem tranqüilo, atento mais aos
fundamentos econômicos positivos", afirma Alex Agostini, economista da consultoria Austin
Rating.
Já a escolha do governador paulista, Geraldo Alckmin, para concorrer na eleição presidencial deste ano pelo PSDB teve repercussão positiva do mercado. A Bolsa
paulista ampliou sua alta após o
anuncio da decisão, no fim da tarde de ontem, fechando na máxima do dia (2,03% de valorização).
A Bovespa movimentou quase
R$ 2 bilhões. Ações do setor de
energia elétrica se destacaram:
Cesp PN subiu 9,53%, e Eletrobrás PNB teve alta de 6,78%.
À espera da divulgação da ata da
última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), amanhã, os juros futuros caíram mais
um pouco.
No pregão da Bolsa de Mercadorias & Futuros, o contrato DI
-que mostra as projeções para
os juros- que vence na virada do
ano fechou com taxa de 14,99%,
contra 15,02% do dia anterior.
No DI com resgate no fim de
2007, a taxa caiu de 14,54% para
14,50% anuais.
(FABRICIO VIEIRA)
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