São Paulo, quinta-feira, 15 de março de 2007

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Ações caem mais do que Ibovespa neste ano

DA SUCURSAL DO RIO

O recuo dos preços do petróleo, o desapontamento de investidores com o lucro do quatro trimestre e a saída de estrangeiros da Bolsa por causa da turbulência do mercado levaram as ações ordinárias da Petrobras a uma queda de 15,5% neste ano (até o dia 8). No mesmo período, o Ibovespa teve retração de 2,3%.
O recuo derrubou o valor de mercado da estatal em US$ 12,8 bilhões -de US$ 106,8 bilhões ao final de 2006 para US$ 94 bilhões no dia 8 deste mês, segundo a Economática. Trata-se de uma queda de 12%, maior do que de outras companhias.
Para Luiz Caetano, analista de petróleo do banco Banif, o fato de as ações serem as mais negociadas na Bolsa faz o papel ser um dos mais vendidos em momentos de turbulência.
"O ADR [papéis negociados na Bolsa de Nova York] da Petrobras é o mais líquido do mundo. Quem "compra" Brasil faz isso por meio dos papéis da Petrobras. Por isso, quando há insegurança com relação aos mercados emergentes, a Petrobras sofre primeiro", diz.
Marcos Paulo Fernandes, da corretora Fator, concorda. Diz que, quando um investidor estrangeiro entra na Bolsa, prefere ações da Petrobras. Mas, por outro lado, quando há um "fluxo de saída", os papéis da estatal "sofrem mais".
Os dois especialistas esperam, porém, um ano mais positivo para a empresa em 2007 do ponto de vista de lucratividade, o que pode alavancar as ações.
É que desde setembro de 2006 os preços médios de venda dos combustíveis estão acima das cotações internacionais, o que engordará as vendas da companhia. Além disso, a produção de óleo deve crescer estimados 8%. "Daqui para a frente, a tendência é positiva", diz Luiz Caetano.
Em Nova York, ontem, o preço do barril de petróleo subiu 0,40%, para US$ 58. Já o Brent encerrou o dia valendo US$ 57,43, alta de 0,26%. (PS)


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