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Ações caem mais do que Ibovespa neste ano
DA SUCURSAL DO RIO
O recuo dos preços do petróleo, o desapontamento de investidores com o lucro do quatro trimestre e a saída de estrangeiros da Bolsa por causa
da turbulência do mercado levaram as ações ordinárias da
Petrobras a uma queda de
15,5% neste ano (até o dia 8).
No mesmo período, o Ibovespa
teve retração de 2,3%.
O recuo derrubou o valor de
mercado da estatal em US$ 12,8
bilhões -de US$ 106,8 bilhões
ao final de 2006 para US$ 94 bilhões no dia 8 deste mês, segundo a Economática. Trata-se de
uma queda de 12%, maior do
que de outras companhias.
Para Luiz Caetano, analista
de petróleo do banco Banif, o
fato de as ações serem as mais
negociadas na Bolsa faz o papel
ser um dos mais vendidos em
momentos de turbulência.
"O ADR [papéis negociados
na Bolsa de Nova York] da Petrobras é o mais líquido do
mundo. Quem "compra" Brasil
faz isso por meio dos papéis da
Petrobras. Por isso, quando há
insegurança com relação aos
mercados emergentes, a Petrobras sofre primeiro", diz.
Marcos Paulo Fernandes, da
corretora Fator, concorda. Diz
que, quando um investidor estrangeiro entra na Bolsa, prefere ações da Petrobras. Mas, por
outro lado, quando há um "fluxo de saída", os papéis da estatal "sofrem mais".
Os dois especialistas esperam, porém, um ano mais positivo para a empresa em 2007 do
ponto de vista de lucratividade,
o que pode alavancar as ações.
É que desde setembro de
2006 os preços médios de venda dos combustíveis estão acima das cotações internacionais, o que engordará as vendas
da companhia. Além disso, a
produção de óleo deve crescer
estimados 8%. "Daqui para a
frente, a tendência é positiva",
diz Luiz Caetano.
Em Nova York, ontem, o preço do barril de petróleo subiu
0,40%, para US$ 58. Já o Brent
encerrou o dia valendo US$
57,43, alta de 0,26%.
(PS)
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