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FMI estima crescimento de 3,6% em 2007
DA REDAÇÃO
A economia brasileira
crescerá 3,6% neste ano, segundo esboço de um relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional) obtido pela agência Reuters. A previsão é que o PIB (Produto Interno Bruto) se expandirá
também em 3,6% em 2008.
Caso seja confirmada, a
nova projeção, que fica
aquém dos 4,5% prometidos
pelo governo Lula na apresentação do PAC (Programa
de Aceleração do Crescimento), é inferior à última estimativa do Fundo, de setembro de 2006, que previa expansão de 4% para este ano.
Ela também é inferior à
projeção do último "Relatório de Inflação", do Banco
Central, que disse em dezembro que a economia brasileira crescerá 3,8%, e à do
Ipea (Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada), órgão
ligado ao Ministério do Planejamento, que prevê expansão de 3,7%. A estimativa do
FMI só é superior aos 3,5%
previstos no último relatório
Focus, elaborado pelo BC.
Já o crescimento econômico global deve ficar em
4,9% em 2007 e 2008, portanto inferior aos 5,3% registrados no ano passado. Os
dados obtidos antes da publicação do relatório "Perspectivas para a Economia Mundial", que deve acontecer no
mês que vem, sugerem que a
performance dos últimos
anos, a melhor em três décadas, parece se manter apesar
da desaceleração nos Estados Unidos.
A previsão é de crescimento de 2,6% da economia americana em 2007 e expansão
de 3,0% em 2008. As duas estimativas são 0,3 ponto percentual inferiores às realizadas pelo FMI em setembro
passado. O PIB dos Estados
Unidos avançou 3,3% no ano
passado.
As projeções combinam
com a estimativa da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico
(OCDE), divulgada nesta semana, de uma desaceleração
nos EUA que seria compensada principalmente pelo
contínuo crescimento saudável na Europa em 2007.
De acordo com o esboço do
FMI, a zona do euro deve ter
expansão de 2,3% neste ano
e no próximo, depois de
avanço de 2,8% em 2006, que
marcou a maior recuperação
e a melhor performance em
seis anos.
Entre os gigantes emergentes, o PIB da China deve
aumentar 10% em 2007 e
9,5% em 2008, em linha com
os planos de Pequim de reduzir o ritmo depois do crescimento de 10,7% em 2006,
mas inferior à meta de expansão de 8%, desejada pelo
governo chinês.
Para o Japão, as estimativas apontam crescimento de
2,2% em 2007 e 1,9% em
2008, após alta de 2,2% no
ano passado.
Na Europa, o Fundo estima avanço de 1,8% no PIB da
Alemanha em 2007 e 2008 e
crescimento de 1,9% na
França neste ano e de 2,3%
no ano que vem. No Reino
Unido, a expansão neste ano
deve ficar em 2,9% -a maior
para qualquer membro do
G7 (grupo dos sete países
mais industrializados do
mundo)- e em 2,7% em
2008, diz o relatório.
A expansão do comércio
mundial deve desacelerar
para 6,9% em 2007, indicou
o esboço, ante 9,1% em 2006.
Para o próximo ano, o avanço
deve ficar em 7,4%.
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