São Paulo, quinta-feira, 15 de março de 2007

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FMI estima crescimento de 3,6% em 2007

DA REDAÇÃO

A economia brasileira crescerá 3,6% neste ano, segundo esboço de um relatório do FMI (Fundo Monetário Internacional) obtido pela agência Reuters. A previsão é que o PIB (Produto Interno Bruto) se expandirá também em 3,6% em 2008.
Caso seja confirmada, a nova projeção, que fica aquém dos 4,5% prometidos pelo governo Lula na apresentação do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), é inferior à última estimativa do Fundo, de setembro de 2006, que previa expansão de 4% para este ano.
Ela também é inferior à projeção do último "Relatório de Inflação", do Banco Central, que disse em dezembro que a economia brasileira crescerá 3,8%, e à do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), órgão ligado ao Ministério do Planejamento, que prevê expansão de 3,7%. A estimativa do FMI só é superior aos 3,5% previstos no último relatório Focus, elaborado pelo BC.
Já o crescimento econômico global deve ficar em 4,9% em 2007 e 2008, portanto inferior aos 5,3% registrados no ano passado. Os dados obtidos antes da publicação do relatório "Perspectivas para a Economia Mundial", que deve acontecer no mês que vem, sugerem que a performance dos últimos anos, a melhor em três décadas, parece se manter apesar da desaceleração nos Estados Unidos.
A previsão é de crescimento de 2,6% da economia americana em 2007 e expansão de 3,0% em 2008. As duas estimativas são 0,3 ponto percentual inferiores às realizadas pelo FMI em setembro passado. O PIB dos Estados Unidos avançou 3,3% no ano passado.
As projeções combinam com a estimativa da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), divulgada nesta semana, de uma desaceleração nos EUA que seria compensada principalmente pelo contínuo crescimento saudável na Europa em 2007.
De acordo com o esboço do FMI, a zona do euro deve ter expansão de 2,3% neste ano e no próximo, depois de avanço de 2,8% em 2006, que marcou a maior recuperação e a melhor performance em seis anos.
Entre os gigantes emergentes, o PIB da China deve aumentar 10% em 2007 e 9,5% em 2008, em linha com os planos de Pequim de reduzir o ritmo depois do crescimento de 10,7% em 2006, mas inferior à meta de expansão de 8%, desejada pelo governo chinês.
Para o Japão, as estimativas apontam crescimento de 2,2% em 2007 e 1,9% em 2008, após alta de 2,2% no ano passado.
Na Europa, o Fundo estima avanço de 1,8% no PIB da Alemanha em 2007 e 2008 e crescimento de 1,9% na França neste ano e de 2,3% no ano que vem. No Reino Unido, a expansão neste ano deve ficar em 2,9% -a maior para qualquer membro do G7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo)- e em 2,7% em 2008, diz o relatório.
A expansão do comércio mundial deve desacelerar para 6,9% em 2007, indicou o esboço, ante 9,1% em 2006. Para o próximo ano, o avanço deve ficar em 7,4%.


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