São Paulo, quinta-feira, 15 de março de 2007

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

PREPARE O BOLSO
O produtor agrícola teve alívio nos preços dos produtos básicos que comprou das indústrias em 2006. Elas derrubaram os valores porque o produtor estava sem caixa, devido à queda dos preços das commodities, à valorização do real e ao crescimento das dívidas.

O TROCO
O cenário da agricultura mudou e os preços das commodities voltaram a subir, impulsionados pela agroenergia -que é a busca de fontes renováveis de energia com a utilização de produtos agrícolas como cana-de-açúcar (álcool) e soja (biodiesel). No momento em que os produtores começam a entregar a safra deste ano, as indústrias iniciam o repasse dos preços.

CUSTOS SOBEM
Os produtores devem preparar o bolso porque as reposições começam fortes. O litro de glifosato ficou 16% mais caro para distribuidoras e cooperativas em apenas uma semana, valor que será repassado ao produtor. Adubos e fertilizantes subiram 12% e o transporte de soja e milho já acumula alta de 40% nesta safra.

O PESO DAS BARREIRAS
As indústrias de processamento de carnes da Rússia dizem que as barreiras às importações de produtores como Brasil, Estados Unidos e Uruguai estão pesando no bolso do consumidor. A pressão vai aumentar enquanto o país não conseguir substitutos internos ou externos.

CERTIFICAÇÃO AMBIENTAL
A preocupação com a saúde do planeta movimenta as certificadoras e multiplica a demanda pela validação de projetos ambientais ou voltados à comercialização de créditos de carbono. Só a SGS do Brasil validou 58 projetos e verificou 28 desde 2005, início do serviço.

BILHÕES EM CRÉDITO
Segundo o Banco Mundial, o fundo de créditos de carbono arrecadou US$ 22 bilhões em 2006, o dobro dos US$ 11 bilhões de 2005. Cada tonelada de crédito de carbono custa em torno de US$ 10. A multa por tonelada excedente é de cerca de US$ 119.

NÃO SÓ DE ÁLCOOL
O mercado futuro de açúcar negociado na Bolsa de Mercadorias & Futuros bateu recorde histórico de volume ontem, ao atingir 2.654 contratos.

CARNES EM QUEDA
O preço da carne suína voltou a cair ontem no mercado paulista. A arroba chegou a R$ 33. O preço do boi e do frango também recuou. Na média, a carne bovina foi a R$ 54,50 e o quilo da ave viva, a R$ 1,60. Segundo analistas, o período da Quaresma, quando os consumidores diminuem o consumo de carne, favoreceu as quedas.


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