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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Crédito para equipamentos cresce 146%
O financiamento de máquinas e equipamentos pela linha
Finame, do BNDES, considerada um termômetro da economia, cresceu 146% no primeiro
bimestre deste ano, ante o mesmo período de 2009.
Somadas as três linhas do Finame foram R$ 7,293 bilhões
em desembolsos no primeiro
bimestre. No ano passado, a
concessão de crédito pelo programa foi de R$ 2,960 bilhões.
As aprovações aumentaram
200%. Os desembolsos do Finame Agrícola tiveram alta de
139% ante o ano passado.
O volume de operações foi
maior do que o valor desembolsado, o que indica que os financiamentos foram para um número maior de tomadores.
No primeiro bimestre de
2009, saíram 11.583 operações.
Em 2010, o número saltou para
37.827 operações.
O setor de transportes recebeu desembolsos de R$ 4 bilhões no primeiro bimestre de
2010, 146,7% a mais do que no
ano anterior.
Só para para financiamento
de caminhões foram R$ 3,4 bilhões, uma demanda estimulada pelo aumento do transporte
de cargas no país.
Para o segmento de não-transportes foram desembolsados R$ 2,2 bilhões no primeiro
bimestre de 2010, valor 141,2%
superior ante o mesmo período
de 2009. Os destaques foram
caldeirarias e máquinas-ferramentas, dentre outras.
No setor agrícola, o crescimento foi de 155,4% ante 2009.
A demanda maior foi por tratores, colheitadeiras e implementos agrícolas.
A taxa de juros varia de 4,5%
fixos, com prazo de 10 anos, a
7%, com 96 meses para pagar,
no caso do financiamento de
caminhões e outros veículos.
Automóvel importado custa até 260% mais caro no Brasil
Comprar um carro importado no Brasil sai até 260% mais
caro do que adquirir o mesmo
veículo nos Estados Unidos, segundo a AutoInforme, com base em dados da Jato Dynamics.
É o caso do Mercedes M-Class ML 500, que em fevereiro
era vendido a R$ 104,4 mil no
mercado norte-americano, e a
R$ 376 mil no Brasil.
"A maior parte dessa diferença é o "lucro Brasil", que é uma
exorbitância. É um dos maiores
lucros da indústria automobilística do mundo", diz Joel Leite, diretor da AutoInforme. A
diferença do preço é explicada
pela carga tributária, "mas não
se pode culpar os tributos por
tudo", diz Leite.
Se a retaliação do governo
brasileiro aos EUA for posta em
prática, o que elevará a alíquota
do Imposto de Importação dos
carros de 35% para 50%, "o aumento será repassado ao consumidor, se as empresas mantiverem a margem de lucro", diz
Luiz Carlos Augusto, da Jato.
O custo de importação de um
veículo, que inclui frete, seguro,
tributos, marketing, além de
margens do importador e do
concessionário, é, em média, de
2,7 vezes o valor do carro em
dólares, segundo a Abeiva (associação dos importadores de
veículos automotores).
"Cada empresa tem a sua
margem de lucro, de acordo
com as leis de mercado", informou a associação.
Apesar do preço dos veículos
importados, os emplacamentos
das 13 empresas filiadas à Abeiva aumentaram 34% no ano
passado, para 40.920 unidades.
PARCERIA DE LADOS OPOSTOS
O escritório Sampaio
Ferraz Advogados e a Furquim de Azevedo Consultoria Econômica fecharam
uma parceria para trabalhar casos que envolvam
discussões econômicas, como os de direito da concorrência, regulatório e econômico internacional. Tercio Sampaio Ferraz Júnior,
titular da Faculdade de Direito da USP, e Paulo Furquim de Azevedo, professor da GV, já estiveram em
campos opostos quando o
economista era conselheiro do Cade. "Tivemos embates, às vezes, veementes", lembra Ferraz.
"Ele sempre se sobressaiu pela ética e pelo
respeito no relacionamento com a autoridade
pública", destaca Furquim. Em um dos casos,
o escritório venceu por
cinco votos a um. Furquim votara contra o argumento de Ferraz, em
defesa da CSN, na aquisição de uma fábrica de
folhas de flandres. Hoje
estão unidos ao lado da
siderúrgica, que fez
oferta pela Cimpor.
ESTRATÉGIA
O ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da
República, Samuel Pinheiro Guimarães, fará palestra
sobre o tema "Repensando
o Brasil: as ações estratégicas do Governo", hoje, às
19h30, no Teatro Tucarena,
na PUC de São Paulo.
PREÇO DO BANHO
O banho no chuveiro elétrico é o mais econômico, considerando-se a quantidade de água e a energia elétrica ou o
gás, segundo estudo do Cirra (Centro Internacional de Referência em Reuso de Água), ligado à Escola Politécnica da
USP. O estudo concluiu que um banho de oito minutos custa, em média, R$ 0,30 no chuveiro elétrico e a média anual
do consumo de água neste equipamento é de 4,2 litros por
minuto, contra 8,7 litros por minuto no a gás. Aquecedor solar, a gás e boiler são os equipamentos de maior consumo de
água, já que a temperatura alta é obtida com vazão de água
maior do que no chuveiro elétrico. A água perdida no início
de cada banho até se atingir a temperatura ideal também é
menor no elétrico, pois, ao abrir o registro, a água sai quente
imediatamente. No aquecedor a gás, a perda é de 4,7 litros.
com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK
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