São Paulo, domingo, 15 de abril de 2007

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Para analistas, mudança só chega em 2009

DA REPORTAGEM LOCAL

Economistas do mercado financeiro aprovam o lobby do governo para obter o grau de investimento, mas divergem da equipe econômica sobre a capacidade do país de consegui-lo já no próximo ano.
Entre os fatores limitantes citados, estão o alto endividamento, a dificuldade em cortar gastos e a incapacidade de implementar reformas como a da Previdência.
O americano JP Morgan esperava o grau de investimento apenas para 2010, mas revisou a expectativa para o final de 2009 por conta da revisão do PIB feita pelo IBGE, segundo o economista Fábio Akira.
Alex Agostini, economista-chefe da Austin Asis, vê a mudança também para o ano de 2009, mas não duvida de que possa ficar para 2010. "Há muito barulho, mas pouco fundamento", disse.
Mais otimista, Pedro Martins, estrategista da Merrill Lynch, disse, em seu último boletim, acreditar que o grau de investimento já deve mexer com o preço das ações neste ano, mas só deve chegar de fato em 2009.
Juan Jensen, economista da Tendências, mantém a expectativa para 2009 mesmo com revisão do PIB, que, segundo ele, teve efeito puramente contábil. "O cronograma de reformas tem muito peso, pois afeta o crescimento. Ainda há muito para ser feito", disse.
Sérgio Werlang, diretor do Itaú e ex-titular da Política Econômica do BC também espera o grau de investimento para 2009.
Já Octávio de Barros, diretor de Pesquisas Macroeconômicas do Bradesco, acredita que o Brasil terá um "upgrade" na avaliação ainda em 2007 e que o grau de investimento virá no segundo semestre de 2008, podendo inclusive sair no primeiro semestre. O economista-sênior do Santander, Maurício Molan, também compartilha da expectativa e espera o grau de investimento para 2008. (TONI SCIARRETTA)


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