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Para analistas, mudança só chega em 2009
DA REPORTAGEM LOCAL
Economistas do mercado financeiro aprovam o
lobby do governo para obter o grau de investimento,
mas divergem da equipe
econômica sobre a capacidade do país de consegui-lo já no próximo ano.
Entre os fatores limitantes citados, estão o alto
endividamento, a dificuldade em cortar gastos e a
incapacidade de implementar reformas como a
da Previdência.
O americano JP Morgan
esperava o grau de investimento apenas para 2010,
mas revisou a expectativa
para o final de 2009 por
conta da revisão do PIB
feita pelo IBGE, segundo o
economista Fábio Akira.
Alex Agostini, economista-chefe da Austin
Asis, vê a mudança também para o ano de 2009,
mas não duvida de que
possa ficar para 2010. "Há
muito barulho, mas pouco
fundamento", disse.
Mais otimista, Pedro
Martins, estrategista da
Merrill Lynch, disse, em
seu último boletim, acreditar que o grau de investimento já deve mexer com
o preço das ações neste
ano, mas só deve chegar de
fato em 2009.
Juan Jensen, economista da Tendências, mantém
a expectativa para 2009
mesmo com revisão do
PIB, que, segundo ele, teve
efeito puramente contábil.
"O cronograma de reformas tem muito peso, pois
afeta o crescimento. Ainda
há muito para ser feito",
disse.
Sérgio Werlang, diretor
do Itaú e ex-titular da Política Econômica do BC
também espera o grau de
investimento para 2009.
Já Octávio de Barros, diretor de Pesquisas Macroeconômicas do Bradesco, acredita que o Brasil terá um "upgrade" na avaliação ainda em 2007 e que o
grau de investimento virá
no segundo semestre de
2008, podendo inclusive
sair no primeiro semestre.
O economista-sênior do
Santander, Maurício Molan, também compartilha
da expectativa e espera o
grau de investimento para
2008.
(TONI SCIARRETTA)
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