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Outro lado
Agência diz que esperava crise ainda maior
DA REPORTAGEM LOCAL
A ANP (Agência Nacional
do Petróleo), responsável pelos leilões de aquisição do
biodiesel distribuído em todo o país, esperava uma inadimplência maior do que a
apurada para o semestre.
Segundo Edson Silva, superintendente de abastecimento da ANP, a forte elevação do preço da soja fez a
agência estimar que metade
do biodiesel comprado pelo
governo não seria entregue
pelos produtores.
"Consideramos que a inadimplência de 30% das entregas foi um porcentagem
aceitável ante a escalada do
preço do óleo de soja", afirmou Silva. A previsão agora,
disse o superintendente, não
é mais essa. A partir do leilão
da semana passada, a expectativa da ANP é que a inadimplência fique em níveis
menores. "A curva de aprendizado já passou", afirmou.
A ANP disse que tomou
medidas para evitar queda
acentuada nos preços do leilão da semana passada e evitar uma crise maior no setor.
A agência fixou valor-teto
maior do que os anteriores
(R$ 2,804 por litro), exigiu
um pregão presencial e reduziu o tempo para entrega da
venda do produto. As usinas
que venderam biodiesel terão de entregar o produto a
partir de 1º de julho. "No ano
passado, fizemos leilões para
entrega em seis meses. É um
tempo muito longo, o produtor fica muito exposto às variações de preço da matéria-prima", disse.
Silva admitiu que neste
momento os produtores que
compram óleo de soja no
mercado são os mais expostos. Ele afirmou que a ANP
não tem mecanismos para
assegurar a produção dessas
usinas. "Fizemos o que foi
possível para não permitir
uma queda forte no preço."
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