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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Expansão do PIB pode "mascarar" necessidade de reformas, diz Ibre
A próxima Carta do Ibre
(Instituto Brasileiro de Economia), da Fundação Getúlio Vargas, que será divulgada nesta
semana, analisa as perspectivas
de crescimento do país, à luz da
nova metodologia de cálculo do
PIB adotada pelo IBGE.
A carta alerta para o fato de
que o provável crescimento do
PIB pode levar à falsa percepção de que a economia anda
bem e mascara a necessidade
premente de reformas.
"Não há nenhuma indicação
de que o PIB brasileiro possa
crescer de forma sustentável
em um ritmo próximo à média
dos países emergentes", afirma
Luiz Schymura, coordenador
do Ibre.
"Na verdade, há o risco de o
país acomodar-se na sensação
de que o problema do crescimento está resolvido, ou pelo
menos bem encaminhado."
Segundo ele, os grupos que
sairão perdendo com a reforma
da Previdência ou com a modernização da legislação trabalhista, por exemplo, podem ganhar força com o incremento
da economia. Em outras palavras, o crescimento sustentável
só estará garantido se forem
gastos esforços nas reformas
estruturais.
"Só isso preservará o bom
momento se houver uma reviravolta na maré altamente positiva da economia nacional."
O Ibre também reviu as apostas para o desempenho da economia neste ano. "Como os números estão melhores, revimos
e aumentamos nossas expectativas de crescimento do PIB",
afirma Schymura.
Isso porque esses números
fazem parte da base de cálculo
do crescimento potencial da
economia. Se até então o incremento médio anual do PIB tinha sido de 2,3% entre os anos
de 1985 e 2006, com o novo cálculo passou a ser de 2,9% ao
ano. Em um período mais recente, de 2003 a 2006, a taxa
média subiu para 3,4% anuais.
Com isso, as contas do Ibre tiveram de mudar.
O aumento médio do PIB esperado pela instituição para os
próximos dois anos passou de
3% a 3,5% ao ano, para 3,5% a
4%. "É bom, mas ainda é o
mundo que está numa maré favorável", diz Schymura. "Não
fomos nós que fizemos a lição
de casa."
João Carlos Saad, da Band, será personalidade do ano
O empresário João Carlos
Saad, presidente do grupo Bandeirantes de Comunicação, receberá amanhã, às 19h30, no
auditório do Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, o prêmio Personalidade da
Comunicação.
A homenagem faz parte do
10º Congresso Brasileiro de
Comunicação Corporativa. O
prêmio a Saad é uma homenagem ao próprio grupo Bandeirantes, que completou 70 anos
no dia seis de maio, além de comemorar 40 anos da inauguração da TV Bandeirantes.
A Mega Brasil Comunicação,
organizadora do evento, apontou como aspectos relevantes à
escolha de Saad como homenageado, além da continuidade à
obra do pai, João Jorge Saad, a
expansão dos negócios que o
grupo teve, particularmente no
campo do jornalismo e da comunicação, com a criação da
TV Bandnews, da Rede 21, da
Bandsports, da Rede Bandnews
FM e, mais recentemente, do
lançamento do jornal gratuito
"Publimetro".
A iniciativa tem o apoio do
grupo Telefônica. O prêmio deve ser entregue pelo governador de São Paulo, José Serra. O
publisher da Folha, Octavio
Frias de Oliveira, morto em 29
de abril último, foi o homenageado com o prêmio Personalidade de Comunicação no ano
passado.
ON THE ROCKS
A Diageo, líder mundial em bebidas alcoólicas premium,
promoverá seu primeiro Scotch Whisky Festival no mundo.
As ações preparadas pela empresa incluem intervenções de
uma banda de gaita de fole nas ruas de São Paulo, viagens à
Escócia para consumidores e apresentações dos DJs escoceses Mash e Octogen nas casas Royal, Museum, Glória e Lótus. O festival vai até 30 de junho. O objetivo, segundo Jessia
Lobo, embaixadora de Johnnie Walker Blue Label, Gold Label e Green Label, é incentivar o consumo de "scotch
whisky" que já vem crescendo. A marca também acaba de
anunciar o investimento de US$ 116 milhões na produção e
armazenamento de whisky na Escócia.
PANAMÁ
O presidente do Panamá,
Martín Torrijos Espino, estará na Fiesp, no próximo
dia 24. Espino participará de
discussões com empresários
brasileiros sobre oportunidades de negócios e investimentos no Panamá.
CENÁRIOS
Walfrido dos Mares Guia
(Relações Institucionais)
participa do encerramento
do seminário Perspectivas
da Economia Brasileira, organizado pela Tendências. O
evento será no dia 31, no Renaissance São Paulo Hotel.
HOMENAGEM
O jornalista Engel Paschoal, autor do livro "A Trajetória de Octavio Frias de
Oliveira" (Ed. Mega Brasil,
332 páginas), dará uma tarde de autógrafos amanhã,
em São Paulo, durante o 10º
Congresso Brasileiro de Comunicação Corporativa. A
obra traça um perfil do empresário e publisher da Folha, relatando sua atuação
nos setores financeiro, agropecuário e imobiliário e na
construção da Folha moderna. O evento ocorrerá no
estande da Maxpress.
RECORDE
A demanda de energia elétrica para o Estado de São
Paulo atingiu o valor recorde de 20.434 MW em abril. A
marca representa metade da
demanda da região Sudeste.
Os motivos foram a elevada
carga de refrigeração e a retomada da indústria.
GUERRA DAS LOIRAS
A Brahma teve o melhor
desempenho de participação de mercado em abril, segundo a A/C Nielsen. Na leitura nacional, subiu de
18,8% para 19,3%, na Grande
São Paulo, foi de 32,8% para
33,6%. Recuaram a Kaiser,
de 4,9% para 4,7%, e a Schincariol, de 11,4% para 11,2%. A
Sol permaneceu nos 0,7%.
TELEFONIA
Riccardo Ruggiero, administrador delegado da Telecom Italia, chegou ao Brasil
no fim de semana, acompanhado de executivos italianos da operadora. Vai ficar
dois dias para reuniões com
a direção da TIM. Verá os resultados do quadrimestre e
lançamentos baseados na
convergência. Também veio
tranqüilizar a equipe e reafirmar que nunca foi discutida com a Telefonica fusão
entre Vivo e TIM Brasil.
O APRENDIZ
Terminam nesta sexta, dia
18, as inscrições para o programa de estágio da Tivit,
empresa do grupo Votorantim. São 50 vagas para estudantes. As inscrições devem
ser feitas no site www.tivit.com.br/trabalheconosco.
NO PÉ
Apesar do câmbio, nem
todas as empresas calçadistas têm muito a reclamar. A
Azaléia teve seu melhor trimestre dos últimos dez
anos, com lucro líquido de
R$ 79,4 milhões. O número
significa uma alta de 735,8%
em relação ao ano passado.
"O esforço de controle de
despesas, o reposicionamento de exportação e retomada no mercado interno
nos últimos cinco anos se refletem agora", diz o diretor
comercial da marca, Paulo
Santana. A receita bruta somou R$ 253,9 milhões no
primeiro trimestre de 2007,
um crescimento de 13,3%
em relação a 2006. No mercado interno, houve crescimento da receita bruta em
24,8%, chegando a R$ 230,3
milhões. Entre as razões para este resultado estão o lançamento de novas grifes, como a A/Z e a OLK. O patrocínio ao Pan, com a Olympikus, também gerou forte impulso às vendas. Já as vendas
externas caíram.
com ISABELLE MOREIRA e JOANA CUNHA
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