Queda foi registrada no 1º trimestre, com relação ao mesmo período de 2006, devido à redução de preços dos produtos

Estratégia é conquistar novos clientes, diz empresa; as vendas líquidas estão em alta, com crescimento de 6,8%, totalizando R$ 3,53 bi

TATIANA RESENDE
DA REDAÇÃO

O lucro líquido do Grupo Pão de Açúcar, que inclui a bandeira de mesmo nome, além de Extra, CompreBem, Extra Eletro e Sendas, caiu 40,3% no primeiro trimestre com relação ao mesmo período de 2006, passando de R$ 60,17 milhões para R$ 35,95 milhões.
De acordo com Enéas Pestana, diretor administrativo e financeiro do grupo, o resultado se deve à redução nos preços dos produtos, uma estratégia da empresa em busca de competitividade.
Houve queda também na margem de lucro, embora as vendas líquidas tenham sido 6,8% maiores no período, totalizando R$ 3,53 bilhões. No conceito "mesmas lojas", o aumento foi de 5,6%. O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) caiu 9,7%, para R$ 234 milhões.
"Não é perda, é investimento, já que decidimos baixar os preços", ressaltou Pestana, que aponta um crescimento no fluxo de clientes, principalmente na bandeira Pão de Açúcar.
Segundo o balanço divulgado ontem, houve queda nas vendas líquidas apenas na rede carioca Sendas (de 2,7%), que representou 8,1% do total do grupo no primeiro trimestre. Em contrapartida, a bandeira Extra, que representou 50,8% das vendas líquidas no período, apresentou crescimento de 9,2% na comparação com o mesmo período em 2006. CompreBem (9,8%) e Extra Eletro (8,5%) tiveram desempenho semelhante, enquanto a bandeira Pão de Açúcar obteve expansão de 3,1%.
Considerando todo o grupo, as vendas de produtos alimentícios tiveram crescimento de 4,5% nas "mesmas lojas", com destaque para os itens perecíveis, revertendo a tendência de queda registrada ao longo do ano passado. O faturamento na categoria não-alimentos, mesmo diante de uma base de comparação forte por causa da Copa do Mundo, teve alta de 5,9%.
No período, foram abertas quatro lojas Extra Perto, mas houve o fechamento de três unidades do CompreBem, com impacto de R$ 3 milhões sobre o faturamento. Neste trimestre, devem ser inauguradas mais três lojas, sendo um CompreBem e dois Extra.


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