São Paulo, terça-feira, 15 de maio de 2007

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Faturamento das pequenas lojas do varejo cresce acima da média

DA REDAÇÃO

Os brasileiros estão preferindo fazer compras em lojas de menor porte. Segundo pesquisa encomendada pela Apas (Associação Paulista de Supermercados) às empresas Nielsen e Latin Panel, o faturamento real das lojas com até quatro caixas subiu 3,9% no ano passado com relação a 2005, mais do que todos os outros tipos, embora a expansão no número de unidades (0,7%) tenha sido inferior à média geral.
Um dos motivos é a preferência pela proximidade de casa, já que 62% dos consumidores fizeram as compras a pé. Não há dados de anos anteriores, e esse percentual é maior no Centro-Oeste (71%) e na região que engloba os Estados do Espírito Santo, Minas Gerais e interior do Rio de Janeiro (78%).
"É um número surpreendente. Isso demonstra a importância da proximidade do ponto-de-venda", comentou João Sanzovo Neto, presidente da Apas, que realiza nesta semana a Feira Internacional de Negócios em Supermercados no Expo Center Norte (SP). A previsão é receber 50 mil executivos e empresários do segmento, movimentando R$ 3 bilhões.
De acordo com Sanzovo Neto, o dado justifica a estratégia de grandes varejistas (Carrefour, Pão de Açúcar, Wal-Mart) ao investir em lojas de vizinhança. Considerando estabelecimentos de todos os tamanhos, o aumento no faturamento, já descontada a inflação do período, foi de 0,6%, com expansão de 0,9% no número de lojas no mesmo comparativo.
Nos hipermercados, que se caraterizam por ter 50 ou mais caixas, houve a maior queda (3,2%) na receita com vendas, mesmo com o crescimento de 2,2% no número de lojas.
Segundo Martinho Paiva Moreira, vice-presidente de Comunicação da Apas, as compras mensais foram substituídas pelas de reposição, o que ajuda a explicar essa redução no faturamento das grandes lojas e o aumento no das pequenas. Os gastos das classes D e E ajudaram nesse crescimento. O estudo mostra que alimentos e bebidas são responsáveis por 33% das despesas domésticas desse público.
A concorrência no setor vem se acirrando ao longo dos anos. Desde o Plano Real (1994), o número de lojas quase dobrou (96,5%), chegando a 73.695 no ano passado, enquanto o crescimento real do faturamento foi de apenas 15,6% no mesmo período. Por isso, o consumidor está mais exigente e consciente. A pesquisa aponta que 47% visitam diferentes lojas para encontrar os melhores preços e, para 44%, o valor do produto é o fator mais importante na hora da compra. (TR)


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