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Brasileiros têm de parar de reclamar, diz chinês
Para embaixador no Brasil, industriais precisam ser criativos para competir
Em discurso no 19º Fórum Nacional, diplomata afirma que expansão da China "não ameaça ninguém", apesar de queixa de empresários
DA ENVIADA ESPECIAL AO RIO
DA SUCURSAL DO RIO
O embaixador da China no
Brasil, Chen Duqing, conclamou ontem o empresário brasileiro a "não reclamar" do avanço chinês e a ser competitivo,
durante discurso no 19º Fórum
Nacional de Altos Estudos.
"Os empresários brasileiros
devem ser mais criativos para
conquistar o mercado chinês. É
melhor entrar em ação. Quanto
mais cedo, mais rápido. O melhor é competir, não reclamar",
disse, arrancando risos da platéia de empresários e políticos.
Duqing viveu nas décadas de
80 e 90 no Brasil e depois regressou à China. Há um ano
voltou ao país como "embaixador extraordinário e plenipotenciário". Afirmou, após seu
discurso no fórum, que "não
tem como fugir da globalização". Apesar das queixas de setores da indústria brasileira intensivos em mão-de-obra, como têxtil e calçados, Duqing
afirmou que China e Brasil são
parceiros em condições iguais
em relação aos aspectos econômicos. "Tem que ser criativo
para poder competir, para melhorar o seu desempenho [...] O
crescimento da China não
constitui ameaça para ninguém", afirmou.
Também presente ao primeiro dia do fórum, o presidente
do BID (Banco Interamericano
de Desenvolvimento), o colombiano Luis Alberto Moreno, fez
um discurso elogioso ao Brasil,
com referências ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e lembrando que o país
está no caminho para atingir o
grau de investimento.
Apesar de ressalvar que o
país peca na falta de investimentos à educação básica, segurança pública e habitação,
Moreno elogiou o desenvolvimento da economia do Brasil
nos últimos anos, com destaque para a redução da pobreza.
Em seu discurso, Moreno citou
o ex-presidente Juscelino Kubitschek como um dos primeiros estadistas a articular propostas para acelerar o desenvolvimento da região.
Ele elogiou ainda a presença
de empresas brasileiras em outros países, citou a lei de responsabilidade fiscal como
exemplo a ser seguido e ressaltou o papel do Brasil como líder
no biocombustível no mundo.
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