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País avança, mas é o 43º mais competitivo
Brasil sobe seis posições em ranking que engloba 55 nações; estudo, porém, aponta série de entraves
DENYSE GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de duas quedas, o
Brasil neste ano subiu seis posições, para o 43º lugar, no ranking mundial de competitividade elaborado pela prestigiosa
escola de negócios suíça IMD
(International Institute for
Management Development).
Não há muito o que comemorar, porém: como a lista contempla 55 nações, o país se encontra entre as que têm as piores condições de disputar o
mercado internacional.
De acordo com o estudo, o
salto observado de 2007 para
2008 deveu-se principalmente
ao forte crescimento global,
que os empresários brasileiros
souberam aproveitar. No item
performance econômica, um
dos quatro que compõem a nota final, o país passou da 47ª para a 41ª posição. Em eficiência
dos negócios -que mede produtividade e práticas gerenciais
das companhias-, subiu da 40ª
para a 29ª posição.
"O brasileiro é flexível, por isso consegue buscar oportunidades em qualquer cenário",
explica Suzanne Rosselet, vice-diretora do World Competitiveness Center (Centro de Competitividade Mundial), grupo
da IMD responsável pela análise. O acesso mais fácil a crédito
e a redução dos juros contribuíram, juntamente com o aumento da renda per capita.
A conjuntura está favorecendo, mas problemas estruturais
podem fazer com que o país regrida. Em eficiência do governo, o país avançou do 54º para o
51º lugar, e caiu de 49º para 50º
em infra-estrutura. "Quando
mencionamos que é preciso investir mais em infra-estrutura,
queremos dizer educação e
saúde, além de estradas, portos
e linhas de trem", diz Rosselet.
"Os empresários estão mandando uma mensagem clara ao
governo: é preciso aprimorar a
legislação trabalhista e resolver
questões que atrapalham os negócios, como a excessiva burocracia e a carga tributária." Para Carlos Arruda, professor da
Fundação Dom Cabral e coordenador do estudo no Brasil,
"este é o melhor momento possível para o país fazer os investimentos necessários."
O último levantamento
anual da Fiesp (Federação das
Indústrias do Estado de São
Paulo), do ano passado, também coloca o Brasil como pouco competitivo no mundo: o
país fica na 38ª posição no ranking de 43 nações.
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