São Paulo, sexta-feira, 15 de maio de 2009

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@grupofolha.com.br

NÃO FOI TÃO RUIM
Apesar da crise mundial e do fechamento das torneiras do crédito, a entrega de fertilizantes neste ano não foi tão ruim como se previa. De janeiro a abril, as indústrias entregaram 5,2 milhões de toneladas, 1,89 milhão a menos do que em igual período de 2008.

ANTECIPAÇÕES
As entregas de adubos do início do ano passado estavam impulsionadas pelas antecipações de compras pelos produtores, devido à disposição maior de crédito e às perspectivas de alta do preço do produto.

FREIO NA IMPORTAÇÃO
Com elevado volume de estoques na passagem de 2008, as indústrias reduziram as importações para 1,5 milhão de toneladas no ano, ante 3,1 milhões de janeiro a abril de 2008, segundo a Anda (associação que congrega as indústrias).

RELAÇÃO DE TROCA
Com a queda nos preços internacionais dos fertilizantes e a alta das commodities, a relação de troca ficou mais favorável para o produtor neste ano em relação a 2008, diz a Anda. Mas é desfavorável quando comparada a 2007 e a 2006.

NA PONTA DO LÁPIS
A SLC Agrícola, que semeou 220 mil hectares na safra 2008/9, mostrou no balanço do primeiro trimestre deste ano que os fertilizantes representaram 30% dos custos totais de produção da empresa, acima dos 24% de 2007/8 e dos 19% de 2006/7.

CAMINHO INVERSO
Já os custos totais dos defensivos tiveram participação de 23% na safra 2008/9, abaixo dos 25% de 2007/8 e dos 28% de 2006/7. A empresa tem lavouras nos Estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Bahia e Piauí.

CARTEIRA DO BB
A carteira de crédito do agronegócio do Banco do Brasil cresceu para R$ 64,3 bilhões no primeiro trimestre do ano, 14% acima da de março de 2008. Mas enquanto os "spreads" cobrados de pessoas físicas e jurídicas recuaram no trimestre, os do agronegócio subiram.

CANA EM SP
A área paulista de cana teve queda de 0,2% neste ano, para 5,37 milhões de hectares. Já a produção subirá 2,2%, para 400,5 milhões de toneladas, segundo o Instituto de Economia Agrícola. A área de café cresce 2%, para 228 mil hectares, mas a produção recua 10,2%, para 241,6 mil toneladas.

MENOS TRIGO NO RS
Com o retorno das chuvas e o fim da safra de verão, os produtores gaúchos se preparam para semear o trigo. Para a Emater/RS, haverá queda de 11% na área, para 865 mil hectares, e a produção recua para 1,71 milhão de toneladas, 22% abaixo da de 2008.


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