|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Capitalização é "indispensável",
afirma diretor
DA SUCURSAL DO RIO
O diretor financeiro da
Petrobras, Almir Barbassa, afirmou ontem que a
União vai participar da capitalização da companhia
mesmo que o Congresso
não aprove a operação por
meio da transferência de
reservas de petróleo do
pré-sal do ente federal -a
chamada cessão onerosa.
Segundo ele, a capitalização neste ano é "indispensável" e a companhia
se prepara para realizá-la
mesmo sem a cessão onerosa das reservas não licitadas do pré-sal -em parte já descobertas pela ANP
e estimadas em 4,5 bilhões
de barris de óleo e gás.
Sem a aprovação do
Congresso, a opção da Petrobras é fazer uma captação em Bolsa, aberta a todos os acionistas.
Se a União não entrar
nessa operação, corre o
risco de ver sua participação na empresa minguar
-hoje tem 51% em ações
ordinárias (de controle) e
pouco menos de 40% do
capital total.
"Ela [União] vai participar. A União não tem interesse nenhum em ser diluída [no capital]", disse.
Barbassa afirmou que
atualmente a Petrobras
gasta mais em investimento do que a sua capacidade
de geração de caixa.
Tal descasamento obriga a companhia a buscar
recursos no mercado para
fortalecer sua estrutura de
capital e, assim, ter mais
fôlego para se endividar
-sem colocar em risco os
indicadores de solvência.
No primeiro trimestre, a
estatal investiu R$ 18 bilhões -22% acima do ano
passado. A cifra supera a
geração de caixa da companhia: R$ 15 bilhões no
período.
(PS)
Texto Anterior: Ganho de empresas concorrentes aumenta mais Próximo Texto: OGX afirma ter encontrado petróleo, mas ações caem 2,8% Índice
|