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Polícia apreende produtos nas Casas Pernambucanas
PF suspeita de venda de produto importado de forma ilegal; rede de lojas nega
Operação, que contou com
a participação da Receita , ocorreu em 36 lojas nos Estados de São Paulo, Goiás, Paraná e Mato Grosso do Sul
FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL
A Polícia Federal, em parceria com a Receita Federal,
apreendeu ontem mercadorias
e documentos em 36 lojas das
Casas Pernambucanas nos Estados de São Paulo, Paraná,
Goiás e Mato Grosso do Sul por
suspeita de venda de produto
importado de forma irregular.
O foco da operação foi a
apreensão de recarregadores
de bateria da marca Sony, que
teriam entrado de forma ilegal
no Brasil, além de outros produtos. Notas fiscais e outros documentos que possam identificar pessoas supostamente envolvidas em esquema de sonegação fiscal e contrabando também foram apreendidos.
Foram cumpridos 42 mandados de busca e apreensão no
total. Além das lojas, foram alvos da operação, que contou
com 180 policiais federais e 40
fiscais da Receita, quatro residências de sócios de duas importadoras -a Gepos Comércio de Material de Escritório e
de Informática Ltda. e a Master
Media Papelaria e Suprimentos
Ltda.-, um depósito de produtos e um escritório de compras.
A partir de investigações que
começaram há cerca de um
mês em Jales (SP), policiais federais constataram que lojas
das Casas Pernambucanas estavam comercializando recarregadores que teriam sido importados por duas empresas de
fachada -a Gepos e a Master.
"Verificamos que essas empresas não estavam estabelecidas nos endereços fornecidos
aos órgãos competentes nem
sequer autorizadas a importar", afirma Rogério Giampaoli,
delegado da Polícia Federal em
Jales, município onde tiveram
início as investigações da Polícia Federal.
Ontem, policiais federais
apreenderam documentos nas
casas dos sócios da Gepos
(Eleny de Oliveira Marques e
Geraldo Antonio Povoas) e da
Master (Cristiane de Câmara
Lombardi Velicev e Osvaldo de
Carvalho). "Eles vão ter de explicar para a polícia como fazem a importação, se operam
como "laranjas" de empresas.
Vamos continuar as investigações", afirma Giampaoli.
Em relação à rede (Casas
Pernambucanas), "vamos ver
se agiu de má-fé ou não. As investigações continuam para
identificar o grau de participação da empresa na importação
e na venda de produtos importados de forma irregular".
Ontem, gerentes das lojas envolvidas na operação, batizada
de Íons -em alusão às pilhas
que acompanham os recarregadores-, foram ouvidos pelos
policiais. Os responsáveis por
compras das Casas Pernambucanas, segundo informa Giampaoli, também seriam ouvidos.
"Pode ser que a direção da rede
não saiba nada sobre a venda de
produto importado de forma
ilegal. As investigações vão
prosseguir", afirma.
Em Jales, segundo informa o
delegado, dois carros foram lotados de produtos. Em São Paulo, durante a apreensão, os policiais solicitaram um caminhão
para poder dar conta de mercadorias apreendidas em uma
terceira empresa que também
seria importadora de produtos
vendidos nas Casas Pernambucanas. "Não sabemos se os recarregadores estão à venda só
nessa rede ou em outras", diz
Júlio Savio, delegado da Polícia
Federal em São Paulo.
Giampaoli informa que os
produtos apreendidos ontem
também não atendem ao que
determina o Código de Defesa
do Consumidor. "Observamos
que não havia informação em
português sobre as características do produto, condições de
uso e preço."
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