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Alta é uma das maiores do setor no mundo
ÁLVARO FAGUNDES
DA REDAÇÃO
O aumento de 33% no
lucro da Petrobras foi um
dos maiores obtidos pelas
grandes companhias petrolíferas mundiais -sempre levando a moeda de
origem da empresa.
Somente a britânica BP
e a norte-americana ConocoPhillips tiveram um
crescimento maior na
comparação dos ganhos
do segundo trimestre com
os dos primeiros três meses deste ano.
No caso da Petrobras, é
preciso ressaltar que o real
foi a segunda moeda que
mais se valorizou no segundo trimestre (atrás somente do rand sul-africano), o que teve impacto
nos ganhos da estatal.
Outro ponto importante
é que o principal mercado
da Petrobras é o Brasil, onde a crise chegou depois e
com menos força que nos
das grandes petrolíferas
mundiais. As companhias
da China (país que se expande em ritmo forte) não
divulgaram o balanço do
segundo trimestre.
Enquanto isso, as demais grandes empresas
têm sua base nos Estados
Unidos e na Europa, que
ainda estavam em recessão entre abril e junho e
onde a demanda por combustível caiu mais fortemente, o que se refletiu
nos balanços delas.
Mesmo com a recuperação parcial dos preços do
barril de petróleo (que subiu 38% em Nova York), a
demanda enfraquecida fez
com que algumas delas tivessem queda no lucro, casos da norte-americana
Chevron e das europeias
ENI, Total e Repsol.
O pior caso foi o da norueguesa Statoil, uma das
inspirações do governo
brasileiro para a implantação do marco regulatório
do pré-sal, cujo lucro caiu
98%, após os gastos com
pagamento de impostos
praticamente eliminarem
todos os seus ganhos.
O cenário para os próximos meses não parece
promissor para o setor. A
demanda global deve cair
3% neste ano, segundo a
Agência Internacional de
Energia, e a procura mundial deve retomar apenas
em 2012 o nível de 2007.
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