São Paulo, sábado, 15 de agosto de 2009

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Alta é uma das maiores do setor no mundo

ÁLVARO FAGUNDES
DA REDAÇÃO

O aumento de 33% no lucro da Petrobras foi um dos maiores obtidos pelas grandes companhias petrolíferas mundiais -sempre levando a moeda de origem da empresa.
Somente a britânica BP e a norte-americana ConocoPhillips tiveram um crescimento maior na comparação dos ganhos do segundo trimestre com os dos primeiros três meses deste ano.
No caso da Petrobras, é preciso ressaltar que o real foi a segunda moeda que mais se valorizou no segundo trimestre (atrás somente do rand sul-africano), o que teve impacto nos ganhos da estatal.
Outro ponto importante é que o principal mercado da Petrobras é o Brasil, onde a crise chegou depois e com menos força que nos das grandes petrolíferas mundiais. As companhias da China (país que se expande em ritmo forte) não divulgaram o balanço do segundo trimestre.
Enquanto isso, as demais grandes empresas têm sua base nos Estados Unidos e na Europa, que ainda estavam em recessão entre abril e junho e onde a demanda por combustível caiu mais fortemente, o que se refletiu nos balanços delas.
Mesmo com a recuperação parcial dos preços do barril de petróleo (que subiu 38% em Nova York), a demanda enfraquecida fez com que algumas delas tivessem queda no lucro, casos da norte-americana Chevron e das europeias ENI, Total e Repsol.
O pior caso foi o da norueguesa Statoil, uma das inspirações do governo brasileiro para a implantação do marco regulatório do pré-sal, cujo lucro caiu 98%, após os gastos com pagamento de impostos praticamente eliminarem todos os seus ganhos.
O cenário para os próximos meses não parece promissor para o setor. A demanda global deve cair 3% neste ano, segundo a Agência Internacional de Energia, e a procura mundial deve retomar apenas em 2012 o nível de 2007.


Texto Anterior: Bolsa: Soros se desfaz de parte da aplicação na petrolífera
Próximo Texto: Roberto Rodrigues: Menor tributo sobre alimentos
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.