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TENSÃO PRÉ-COPOM
Dirigentes de vários setores da economia, políticos e líderes sindicais vêem numa decisão hoje de elevar a Selic uma ameaça à retomada
Setor produtivo se une contra alta dos juros
DA REDAÇÃO
Há quase uma unanimidade entre os agentes econômicos contra uma possível alta da taxa básica dos juros
(Selic) na reunião mensal do Copom (Comitê de Política
Monetária do BC), que termina hoje em Brasília.
Representantes de diversos setores produtivos, líderes sindicais e dirigentes políticos ouvidos pela Folha manifestam oposição à elevação da taxa de juros. Se
não é nova, essa oposição ganhou mais ressonância e
estridência neste momento por temor que uma alta
aborte a incipiente retomada econômica. Empresários
e sindicatos já articulam uma frente anti-juros.
Só membros do setor financeiro e alguns economistas dizem que vêem aspectos positivos numa alta dos
juros para conter a inflação.
Uma decisão dos oito membros do Copom pela alta
não encerrará o debate sobre a pertinência da medida,
mas, no mínimo, evidenciará o quão independentes
eles agem em relação a outros setores da economia.
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