São Paulo, sexta-feira, 15 de setembro de 2006 |
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VINICIUS TORRES FREIRE O peso chinês e o da elite branca
O FMI colocou no seu radar de
crises os países exportadores
de matérias-primas como
petróleo, metais e produtos agrícolas -commodities. O radar de crises
do Fundo não é lá essas coisas, mas
pelos mercados mundiais há um cacarejo persistente sobre o risco-commodity: a ameaça de queda dos
preços dessas matérias-primas, ainda altíssimos e que impulsionaram o
crescimento das exportações e da
economia dos ditos emergentes.
Decerto o nervosismo aumentou. Mas o efeito do resfriamento econômico tem de ser qualificado -e não necessariamente para pintar um quadro mais otimista. Um estudo do Deutsche Bank indica que uma alta de 1% do PIB de China e Índia tem quase o mesmo efeito sobre o preço das commodities que um crescimento de 1% do PIB dos países do G7, cujas economias são muito maiores que a sino-indiana. Isto é, China e Índia podem mitigar o efeito do desaquecimento conjunto de EUA, Europa e Japão sobre o preço das commodities, mantidas as previsões atuais de suave desaceleração mundial. Nos dados do Deutsche Bank, China e Índia não têm é força para sustentar o resto do comércio global em caso de queda do produto dos países ricos. Pior, para países também fortes em exportações de manufaturas, como o Brasil, além da queda do comércio haveria a pesada concorrência de manufaturados chineses que deixariam de encontrar mercado no mundo rico. Commodities, nesse caso, seriam um problema menor. vinit@uol.com.br Texto Anterior: Brasil pretende contestar medida em negociação Próximo Texto: Recuo expõe divisão do governo boliviano Índice |
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