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Mercado tem mais espaço para trabalhadores acima de 40 anos
DA SUCURSAL DO RIO
O mercado de trabalho está
valorizando mais o profissional
experiente e está restrito para
jovens. De 2005 para 2006, a
participação dos trabalhadores
com 40 anos ou mais aumentou
de 39% para 40,1%. O aumento
representou a entrada de 908
mil pessoas dessa faixa etária
na população ocupada. Movimento inverso ocorreu com a
população entre 20 e 24 anos,
cuja participação passou de
66,6% para 66,0% de 1996 até o
ano passado. Já o percentual de
ocupados de 18 a 19 anos caiu
de 55,2% para 51,8%.
"Vejo um problema educacional no desemprego jovem:
uma enorme massa de 18 a 25
anos está pouquíssimo preparada para ingressar no mercado
de trabalho. Pelos dados da
Pnad de 2005, 30% dos jovens
nessa faixa têm menos de oito
anos de escolaridade. Estão,
portanto, potencialmente fora
do mercado de trabalho", afirmou Sonia Rocha, pesquisadora do Iets (Instituto de Estudos
do Trabalho e Sociedade).
Ela diz que a preferência pelos mais velhos pode estar relacionada à busca por empregados experientes, já que o mercado de trabalho busca majoritariamente pessoas com mais
de oito anos de estudo.
Segundo o IBGE, a tendência
de envelhecimento da população e as mudanças nas regras da
Previdência, que aumentam o
tempo de permanência no mercado de trabalho, explicam a
mudança de quadro -além da
volta ao mercado após a aposentadoria em busca de renda.
O percentual de pessoas ocupadas entre 40 e 49 anos aumentou de 73,5% em 1996 para
77,2% no ano passado. Na faixa
de 50 a 59 anos a participação
passou de 60,8% para 65,1%.
Para os trabalhadores de 60
anos ou mais, o percentual é
igual ao de 1996, 30,6%.
Para João Sabóia, diretor do
Instituto de Economia da
UFRJ, as mudanças na aposentadoria podem ter colaborado.
A participação das pessoas de
40 anos ou mais é maior no Sul
(43,1%) e Sudeste (41,9%).
Previdência
Mais da metade da população não contribui para a Previdência, mas, de 2005 para
2006, houve um aumento de
5,4% e o percentual de contribuintes chegou a 48,8%, o equivalente a 43,6 milhões de pessoas. O grupamento de atividade que mais contribui para a
Previdência é administração
pública, com 84,8%. O menor
percentual é de atividades agrícolas, com 13,5%.
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