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BC estuda "prazo de validade" para cheques
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Banco Central quer regulamentar o uso dos cheques no
país, e para isso propõe medidas como a implantação de um
prazo de validade para cada folha impressa pelos bancos e a
obrigatoriedade do desbloqueio dos talões entregues pelo
banco na residência antes de
sua utilização, de maneira semelhante ao que já acontece
com os cartões de crédito.
O assunto foi colocado em
audiência pública por 60 dias,
prazo durante o qual o BC irá
receber sugestões de empresas,
de bancos ou de qualquer outra
pessoa interessada na questão.
Depois desse período, eventuais mudanças serão incorporadas ao rascunho inicial e submetidas à aprovação do CMN
(Conselho Monetário Nacional), colegiado formado pelos
ministros da Fazenda e do Planejamento e pelo presidente do
BC. Só depois de todo esse processo é que as novas regras entrarão em vigor.
Uma das mudanças propostas pelo BC é a implantação de
um prazo de validade para os
cheques impressos pelos bancos. Caso seja implantado, cada
folha trará o dia em que foi confeccionada, e as instituições poderão se negar a compensá-la
depois de um ano dessa data.
Outra alteração prevê que os
talões de cheques enviados pelos correios só possam ser utilizados depois de desbloqueados
pelo correntista, de maneira semelhante ao que já é feito hoje
com os cartões de crédito e de
débito. Por outro lado, cheques
extraviados ou roubados só poderão ser cancelados se o cliente apresentar ao banco um boletim de ocorrência policial.
Além disso, os bancos serão
obrigados a manter um registro
formal dos procedimentos adotados no fornecimento de cheques a seus clientes. Embora isso já seja feito por algumas instituições financeiras, por enquanto não há nenhuma regra
do Banco Central que determine que isso seja feito.
Segundo Sergio Odilon, chefe
do Departamento de Normas
do BC, a proposta visa aumentar a segurança para todos os
envolvidos em operações com
cheques -bancos, correntistas
e comércio, principalmente.
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