São Paulo, quarta-feira, 15 de outubro de 2008

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Indústria sucroalcooleira já se desacelera

DA REPORTAGEM LOCAL

A indústria sucroalcooleira dá os primeiros sinais de recuo. Um pequeno recuo. A nova previsão é que dos 86 empreendimentos esperados pelo setor até 2012, entre 8 e 10 serão afetados pela crise. Não significa que serão abandonados, mas não ficarão prontos até o prazo previsto.
Segundo Carlos Roberto Silvestrin, vice-presidente da Cogen-SP (Associação Paulista de Cogeração de energia), os projetos com investimentos na formação de canaviais já plantados não deverão ser paralisados. "O empreendimento muda de mão, mas não pára", garante. Marcos Jank, presidente da Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar), não quis avaliar eventuais cortes nos investimentos. Até 2012, a indústria tinha projetos para gastar US$ 33 bilhões em investimentos.
Jank não nega o risco de um freio no setor, mas avalia que se a indústria tivesse como perspectiva apenas o mercado interno, o risco seria maior. Isso porque o efeito do crédito na compra de veículos, com tecnologia bicombustível, poderia segurar o aumento da demanda por álcool combustível. Hoje, 90% dos carros montados e vendidos no país são flexíveis. O setor acha que as exportações, o mercado alcoquímico e de bioeletricidade sustentarão os investimentos. (AB)



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