DA REPORTAGEM LOCAL

O índice Ibovespa subiu 1,23% e encerrou a semana com 9.884 pontos e giro financeiro de R$ 428,8 milhões.
Durante todo o dia a Bolsa operou com pequena alta. Após o leilão de "swap" cambial do Banco Central e o bom desempenho dos mercados externos, o dólar diminuiu seu ritmo de valorização em relação ao real e a Bovespa subiu mais acentuadamente.
A semana foi marcada por feriados (parcial nos Estados Unidos na segunda-feira e hoje no Brasil), pela expectativa dos leilões e vencimentos do governo e, principalmente, pela apreensão com a alta da inflação revelada pelos índices divulgados durante a semana.
As maiores altas do pregão foram as da Siderúrgica Nacional ON (8,4%), Usiminas PNA (4,8%) e Comgás (4,4%) As maiores baixas ficaram com Braskem PNA (6,6%), Net PN (5,4%) e Ipiranga Petróleo PN (4,7%).
A Braskem, que apresentou ontem seu balanço ao mercado, acumulou prejuízo de quase R$ 2 bilhões até setembro. Segundo analistas, o resultado foi pior do que o esperado.
A Ipiranga, que também divulgou seu balanço, acumulou até setembro prejuízo de R$ 150 milhões, muito concentrado no terceiro trimestre, enquanto que no ano passado esse resultado era positivo.
Vale do Rio Doce PNA, segunda ação mais negociada do pregão, fechou em alta de 2,39%, apesar de o balanço da empresa, também divulgado ontem, apresentar resultado negativo.
"Apesar do prejuízo, o resultado operacional ficou acima do esperado", disse Michel Campanella, da corretora Socopa.

Expectativa
Os investidores esperam com ansiedade o resultado da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) da próxima semana. Segundo o diretor financeiro do banco Santos, Clive Botelho, a inflação foi maior do que "qualquer analista econômico imaginava". Essa alta traz a possibilidade de mais um aumento dos juros.
Na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) a taxa do contrato DI (que considera os juros interbancários) para dezembro iniciou a semana em 21,68% e fechou ontem em 22,15% ao ano. Isso confirma a expectativa de alguns investidores que apostam em nova alta da taxa de juros.
(GEORGIA CARAPETKOV)


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