São Paulo, quinta-feira, 15 de novembro de 2007

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BNDES aprova financiamento de R$ 1 bilhão para Furnas

DA SUCURSAL DO RIO

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou financiamento de R$ 1,034 bilhão para Furnas. Os recursos serão usados para a construção da usina hidrelétrica de Simplício. O valor financiado corresponde a 62% do investimento total, de R$ 1,6 bilhão. A usina é um dos projetos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Simplício será a segunda maior hidrelétrica do Estado do Rio. Ela terá capacidade de geração de 333,7 MW e será localizada no rio Paraíba do Sul, na divisa dos municípios de Sapucaia e Três Rios (RJ) e Chiador (MG).
As obras ficarão a cargo do consórcio formado pelas construtoras Norberto Odebrecht e Andrade Gutierrez. A operação e a manutenção da usina serão feitas por Furnas.
Segundo o BNDES, a usina permitirá um acréscimo de 28% na oferta de energia hídrica a partir de 2010 no Estado do Rio, que conta com dez usinas que representam 1.220 MW.
A usina de Simplício será integrada ao Sistema Interligado Nacional e 97% da energia produzida será comercializada por contratos de comercialização de energia no ambiente regulado com um pool formado por 31 distribuidoras. Além da usina, o projeto prevê ainda a construção de uma PCH (Pequena Central Hidrelétrica) com potência mínima de 28 MW.
O banco já aprovou nove projetos de construção de usinas hidrelétricas que constam do PAC. Os financiamentos somam R$ 4,2 bilhões, e os empreendimentos representam um acréscimo de 2.177 MW.
Segundo Alan Fischler, chefe de departamento na área de Infra-Estrutura, o banco tem mais nove projetos em análise e dois em perspectiva. "Estamos analisando o projeto de Estreito, que tem perspectiva de geração de 1.085 MW. Somente ele já representa um acréscimo de 50% em relação ao montante de geração de energia de projetos já aprovados do PAC."
Fischler destacou que o banco melhorou as condições de financiamento para o setor elétrico, com prazo total de financiamento que chega a 25 anos, além de redução do "spread" (diferença entre a taxa de captação e a taxa repassada ao tomador do crédito) e aumento da participação no financiamento. (JL)

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