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Bolsa de SP fecha semana com perdas de 2,39%
Após forte alta anteontem,
dólar cai 4,1%, para R$ 2,27
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A semana mostrou que o
mercado financeiro ainda está
longe de um período de maior
estabilidade. A Bovespa alternou pregões de altas e baixas e
encerrou a semana com perdas
acumuladas de 2,39%. O pregão
de ontem foi morno, e a Bolsa
de Valores caiu 0,57%.
O dólar viveu dias de forte
pressão na semana. Na quinta,
fechou vendido a R$ 2,368, em
sua segunda maior cotação do
ano. Apesar do recuo de 4,14%
ontem, o dólar terminou a semana com apreciação de
5,09%, vendido a R$ 2,27.
Notícias corporativas desfavoráveis no exterior foram destaque em uma semana de escassos dados econômicos relevantes. Em Wall Street, as baixas ontem se acentuaram no
fim do pregão, e o índice Dow
Jones terminou com desvalorização de 3,82%.
De dados econômicos, foi
apresentada nos Estados Unidos a queda nas vendas no varejo, que se retraíram em 2,8% no
mês passado, sendo esse o pior
resultado desde 1992. O desempenho do varejo é um importante termômetro de como anda a economia.
"A semana se mostrou bastante volátil. O mercado financeiro tem oscilado de forma
completamente aleatória, ora
olhando fundamentos e indicadores, ora desconsiderando-os
por completo. Acreditamos que
a próxima semana não será diferente", afirma Rossano Oltramari, sócio-diretor da XP Investimentos.
"Adicionalmente, a próxima
semana será cheia de indicadores importantes que podem
realmente movimentar o mercado. Já no final de semana
[hoje], a reunião do G20 pode
trazer conseqüências", diz.
A Bovespa, que fechou ontem
aos 35.789 pontos, está com
perdas de 43,98% no ano. Em
dólar, a depreciação anual da
Bolsa é de 56,48%.
O resultado da semana na
Bovespa foi de certo equilíbrio
dentre os papéis de maior liquidez. Se forem consideradas as
ações do índice Ibovespa, que é
a principal referência da Bolsa
local, houve 35 baixas e 31 altas.
Os melhores resultados ficaram com papéis de diferentes
setores, que, de comum, carregam o fato de terem sua produção direcionada à economia interna. A ação ordinária da Souza Cruz apareceu no topo, com
alta semanal de 18,34%. Em seguida vieram Cesp PNB
(15,12%), TIM Participações
PN (12,23%) e CCR Rodovias
ON (10,55%).
A ação PN da Petrobras, apesar de ter tido na quarta-feira
seu pior pregão em uma década, quando caiu 13,75%, não
apareceu na lista dos dez papéis
que mais perderam na semana.
Com baixa de 1,61% ontem, Petrobras PN encerrou a semana
com queda de 11,13%.
O papel ON da Gafisa foi o
que mais caiu na semana, com
perda de 20,33%, seguido por
Lojas Renner ON (-20,05%) e
Cyrela Realt ON (-19,56%).
Dólar forte
O forte recuo do dólar ontem
foi muito mais um ajuste que
uma mudança de rota, avaliaram operadores do mercado.
Na quinta, o mercado de câmbio encerrou suas operações
antes de as Bolsas se recuperarem, deixando, assim, de aproveitar a melhora do mercado
internacional no fim do dia.
Com isso, a moeda norte-americana abriu as operações
de ontem com forte baixa, chegando a ser cotada a R$ 2,259.
No ano, a apreciação do dólar
diante do real se mantém bastante elevada -o ganho acumulado está em 27,74%.
Com a manutenção das apostas dos estrangeiros em dólar
apreciado no mercado futuro,
as intervenções do Banco Central não têm conseguido derrubar as cotações da moeda.
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