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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Cantidiano critica CVM pela negociação no caso GVT
Luiz Leonardo Cantidiano,
ex-presidente da CVM (Comissão de Valores Monetários),
critica a autarquia por ter sido
"pouco diligente" com relação
ao que chamou de comportamento "irregular" da Vivendi
na compra de 57,5% da GVT.
"A CVM deveria ter exigido
informações da companhia
francesa. O ato da Vivendi foi
um jogo escondido, de maneira
não transparente, enquanto a
Telefônica estava com as cartas
à mesa", afirma Cantidiano,
que ficou na presidência da autarquia, entre 2002 e 2004.
O grupo francês de mídia Vivendi ampliou sua oferta de
compra da empresa brasileira
de telecomunicações GVT para
R$ 56 por ação, o que já assegurou a aquisição de 57,5% do capital da empresa.
No mês de setembro, a Vivendi se dispôs a pagar R$ 42
por ação da GVT.
A Telefônica entrou na briga
e fez uma oferta de R$ 48, que
acabou sendo elevada pelo próprio grupo espanhol para
R$ 50,50.
"A Vivendi não fez a oferta
prevista em lei, com prejuízo
dos acionistas da GVT que poderiam ter recebido oferta melhor pelas ações porque ninguém sabia até onde a Telefônica poderia ir [nas ofertas]", afirma Cantidiano.
A Vivendi teria assinado documento com controladores da
GVT, dizendo que faria oferta
pública, segundo Cantidiano.
A GVT é uma operadora de
telefonia fixa e de banda larga
criada em 2000 como empresa
"espelho" na área de concessão
da Brasil Telecom -adquirida
pela Oi, em 2008. Hoje é a principal concorrente da Oi e compete com a Telefônica e a própria Oi no mercado corporativo
em grandes cidades do país fora
de sua área de concessão.
ATRÁS DE RECURSOS
A Caixa Econômica
Federal estuda formas
de captar mais recursos
para melhorar e baratear o crédito comercial. Uma das possibilidades em análise é organizar "fundings"
(captação a ser repassada) de longo prazo. Outra saída avaliada pela
Caixa é buscar recursos
no exterior, a exemplo
do que fizeram Bradesco, Banco do Brasil e
Banco Fibra. Os três
bancos aproveitaram a
forte demanda no exterior, principalmente
nos mercados asiático e
europeu, e emitiram dívida no mercado internacional.
ENFIM, A BIENAL
Heitor Martins, presidente
da Bienal de São Paulo, já tinha captado R$ 13,25 milhões para a realização do
evento no ano que vem. Mas,
nada de sair a aprovação da
Lei Rouanet para os dois
projetos enviados há cerca
de cinco meses ao Minc (Ministério da Cultura).
Se a resposta não viesse
até dezembro, São Paulo não
teria a Bienal de 2010.
Nesta semana, finalmente,
o ministério aprovou os projetos apresentados e a exposição do ano que vem está
garantida, segundo Martins.
Serão R$ 30 milhões destinados à realização da mostra, com gastos em atividades para crianças, publicações e divulgação.
Do dinheiro doado, R$ 7,5
milhões vieram do Itaú Unibanco (pela Rouanet) e R$
700 mil, são de recursos livres também do banco (sem
isenção tributária).
Martins acredita que não
terá dificuldades em levantar os recursos que faltam.
"Vamos captar os R$ 30
milhões. As empresas não
precisam gastar [o dinheiro
com doação], basta deduzir
do imposto", diz Martins,
que também é sócio-diretor
da empresa internacional de
consultoria McKinsey.
A CAMINHO 1
Os projetos de monotrilho
que estão previstos para
serem realizados nos próximos anos em São Paulo já
começaram a atrair a
atenção de grandes fabricantes mundiais de trens.
Algumas empresas, como
as ferroviárias Hitachi e
Bombardier já demonstraram interesse em participar
das licitações para os
monotrilhos do Governo do
Estado.
A CAMINHO 2
A Secretaria dos Transportes Metropolitanos publicará nos próximos dias
um aviso de licitação para a
linha 17-Ouro do Metrô. Trata-se de um monotrilho que
ligará o aeroporto de Congonhas à linha 1-Azul. O trecho,
de 3,8 km, deve entrar em
operação em 2011. A obra foi
orçada em R$ 400 milhões.
O Estado fará outros dois
monotrilhos na capital: na
extensão da Linha 2-Verde
(até Cidade Tiradentes, na
zona leste) e na Linha 16-Prata (ligando a Lapa à Cachoeirinha, na zona norte).
COBRE
Empresários da indústria
do cobre, que faturou R$ 7,9
bilhões em 2008, estão preocupados com o aumento dos
estoques da matéria-prima.
Segundo a Associação Brasileira do Cobre e o Sindicel,
em outubro, a soma das bolsas LME, Comex e Shangai
iniciou com 491.398 toneladas de cobre e fechou com
528.795 toneladas, alta de
quase 8% ante setembro. O
índice é um alerta para a dificuldade do setor em retomar
o crescimento, segundo Sérgio Aredes, presidente das
entidades.
CARROCERIA
O BNDES quer facilitar a
compra de caminhões novos
e usados pelo programa
BNDES Procaminhoneiro.
Os juros anuais caíram de
13,5% para 4,5% e o prazo é
de 96 meses. O programa,
para financiar a aquisição de
caminhões, chassis e carrocerias de caminhões novos e
usados produzidos no Brasil,
terá orçamento de R$ 1 bilhão. A média mensal, que
era de R$ 13,7 milhões no
mês de julho, subiu para
R$ 182 milhões em setembro, o que representa uma
alta de 1.227%.
CORRIDA 1
Os encontros de negócios
promovidos pela Apex-Brasil durante as 17 provas da
Fórmula Indy serão relatados a empresários brasileiros pelo presidente da entidade, Alessandro Teixeira,
no próximo dia 19, na sede da
Fiesp. A Apex montou um
espaço VIP dentro dos autódromos para receber empresários americanos. Os eventos geraram um total de cerca de US$ 360 milhões em
negócios para mais de 11 setores, como aeroespacial,
moveleiro, petroquímico e
outros.
CORRIDA 2
O evento contará com a
presença de Greg Gruning,
vice-presidente da Indy Racing League. A introdução do
álcool brasileiro nos carros
da Fórmula Indy também
será um dos temas da pauta
de discussões.
CORRIDA 3
Uma parceria entre a Indy
e a Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) para o fornecimento do combustível aos veículos de corrida foi firmada no início
deste ano.
com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI
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