São Paulo, sábado, 15 de dezembro de 2007

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Bônus de novo dirigente está atrelado ao valor das ações, no fim de 2009

DA REPORTAGEM LOCAL

A meta estabelecida para o grupo Pão de Açúcar, de aumento de receita bruta em 5% em 2007 nas mesmas lojas, não será cumprida. Ficará entre 2,5% e 3%, devendo fechar o ano em R$ 17,6 bilhões.
Para reverter o quadro, o grupo estipulou objetivos ambiciosos para 2008. Faturar acima de R$ 20 bilhões, inaugurar 105 novas lojas, principalmente as de pequeno formato, contra as 38 abertas em 2007. Também irá tranformar 14 lojas de outras marcas do grupo na bandeira Assaí, de "atacarejo". A primeira delas será aberta segunda-feira, em Santo André.
Esse era o plano de Cássio Casseb, ex-presidente do grupo, considerado insatisfatório pelo conselho e que levou a seu afastamento há menos de uma semana. Sofreu reformulações, será refeito e apresentado novamente ao mercado em abril.
Já há nele, no entanto, o estilo do novo presidente, Cláudio Galeazzi. Além da tradicional redução de despesas, o grupo volta a entrar no chamado orçamento base zero, metodologia implantada nas empresas reestruturadas por Galeazzi e também no GP e na AmBev.
"A rigor, o Pão de Açúcar não está numa situação de reestruturação", diz Galeazzi. "Não está em dificuldades financeiras nem em ameaça de concordata, e os resultados virão num prazo relativamente curto."
Com seu bônus e o da equipe atrelados ao valor das ações no último trimestre de 2009, bem como ao lucro antes de impostos, a estratégia de Galeazzi envolverá os modelos adotados no Sendas, operação do grupo no Rio de Janeiro, cuja reestruturação bem-sucedida cuidou.
Entre suas metas estão o aumento de vendas nas mesmas lojas, reduzir despesas, dar retorno ao acionista em relação aos investimentos e preparar o sucessor. Uma possível nova fonte de receita poderão ser os imóveis do grupo -avaliados entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões. Está em estudos a possibilidade de serem vendidos e alugados.


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