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INFRA-ESTRUTURA
Serra propõe "estadualização" do porto de Santos e Ferroanel
MARCELA CAMPOS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Após lamentar a morte de
uma pedestre no desabamento nas obras da estação
Pinheiros (zona oeste) do
metrô e pedir um minuto de
silêncio pela vítima, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), propôs ontem a "estadualização" do porto de
Santos, o maior do Brasil e da
América Latina, hoje sob administração federal.
"[O porto] está engasgado,
falta investimento, falta logística no transporte. Sob o
governo do Estado pode ter
um salto e facilitar o comércio exterior", disse Serra, em
discurso na abertura da Couromoda, feira internacional
do setor couro-calçadista, no
Pavilhão do Anhembi.
O governador pediu ainda
investimentos no Ferroanel
para desafogar o transporte
coletivo e de cargas na Grande São Paulo. "Não é uma
obra cara, mas está fora da alçada do governo estadual,
depende das concessionárias
e do governo federal", disse.
Junto dos governadores
Luiz Henrique da Silveira
(PMDB-SC), Yeda Crusius
(PSDB-RS) e do presidente
da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São
Paulo), Paulo Skaf, Serra criticou a política econômica
federal, com foco na taxa de
juros e no câmbio. "Nenhum
país do mundo teve moeda
tão valorizada [quanto o
real].(...) A China cresce um
Brasil por ano. E os chineses
fazem o que fazem não porque têm olhos puxados ou
por não respeitar direitos sociais. Eles têm melhores condições de competir."
O representante do governo federal no evento, ministro Luiz Fernando Furlan
(Desenvolvimento), respondeu que o Ferroanel e a questão do porto de Santos são
"prioridades" do Planalto.
Serra pediu que Furlan
permaneça no cargo no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em resposta, Furlan ironizou. "Quando a oposição pede que alguém fique, sempre
tem duas interpretações..."
De acordo com o ministro,
sua permanência no cargo
deve ser definida nas próximas duas ou três semanas.
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