São Paulo, terça-feira, 16 de janeiro de 2007

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INFRA-ESTRUTURA

Serra propõe "estadualização" do porto de Santos e Ferroanel

MARCELA CAMPOS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Após lamentar a morte de uma pedestre no desabamento nas obras da estação Pinheiros (zona oeste) do metrô e pedir um minuto de silêncio pela vítima, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), propôs ontem a "estadualização" do porto de Santos, o maior do Brasil e da América Latina, hoje sob administração federal.
"[O porto] está engasgado, falta investimento, falta logística no transporte. Sob o governo do Estado pode ter um salto e facilitar o comércio exterior", disse Serra, em discurso na abertura da Couromoda, feira internacional do setor couro-calçadista, no Pavilhão do Anhembi.
O governador pediu ainda investimentos no Ferroanel para desafogar o transporte coletivo e de cargas na Grande São Paulo. "Não é uma obra cara, mas está fora da alçada do governo estadual, depende das concessionárias e do governo federal", disse.
Junto dos governadores Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), Yeda Crusius (PSDB-RS) e do presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, Serra criticou a política econômica federal, com foco na taxa de juros e no câmbio. "Nenhum país do mundo teve moeda tão valorizada [quanto o real].(...) A China cresce um Brasil por ano. E os chineses fazem o que fazem não porque têm olhos puxados ou por não respeitar direitos sociais. Eles têm melhores condições de competir."
O representante do governo federal no evento, ministro Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento), respondeu que o Ferroanel e a questão do porto de Santos são "prioridades" do Planalto.
Serra pediu que Furlan permaneça no cargo no segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em resposta, Furlan ironizou. "Quando a oposição pede que alguém fique, sempre tem duas interpretações..." De acordo com o ministro, sua permanência no cargo deve ser definida nas próximas duas ou três semanas.


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