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Comércio cresce 0,56% em novembro
Setor teve quarta alta consecutiva e registrou expansão de 6,25% nos primeiros 11 meses de 2006, segundo dados do IBGE
Juros e inflação mais baixos, crédito farto e dólar barato explicam bom desempenho do varejo; previsão para 2007 é de alta de 5% a 6%
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Em novembro, as vendas do
comércio varejista cresceram,
em volume, 0,56% na comparação livre de influências sazonais com outubro (0,50%), diz
o IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística).
Foi o quatro mês consecutivo
de expansão do setor, que acumulou, nesse período, incremento de 6%. De janeiro a novembro, as vendas subiram
6,25%. Em relação a novembro
de 2005, houve alta de 9,22%.
Apesar do bom desempenho,
o comércio viveu no fim do ano
uma fase de desaceleração: a alta verificada em outubro e novembro ficou aquém dos resultados obtidos em agosto e setembro -altas de 2,71% e
2,11%, respectivamente.
Para Nilo Lopes de Macedo,
economista da Coordenação de
Serviços e Comércio do IBGE, o
setor "passa por um período de
arrefecimento" das vendas, depois da forte expansão de setembro, impulsionada, em parte, pela antecipação do 13º dos
beneficiários do INSS.
Macedo avalia que dois fatores foram determinantes para
alavancar o comércio: a inflação baixa e os juros menores. Já
o economista da CNC (Confederação Nacional do Comércio), Carlos Thadeu de Freitas,
diz que o crédito foi o principal
motor do varejo em 2006.
Também impulsionaram o
setor, afirma, a expansão da
massa salarial, inflação declinante e a queda do dólar, que
barateou importados e permitiu o aumento do consumo. O
IPCA fechou 2006 em 3,14%
-menor nível desde 1998-, e a
taxa Selic real (descontada a inflação) chegou a 11,7%.
Para 2007, Freitas estima
que o comércio crescerá de 5%
a 6%, mantendo a trajetória
contínua de recuperação iniciada em 2004. Em 2005, as
vendas do varejo subiram
4,84%. No ano anterior, 9,25%.
Desaceleração
O economista avalia, porém,
que o varejo começará o ano
com resultados menos vibrantes graças ao comprometimento da renda com impostos,
mensalidades e outras despesas típicas de início de ano.
Setorialmente, o destaque de
novembro foi o ramo de tecidos, vestuário e calçados, com
alta de 5,74% ante outubro. Outra novidade foi a retomada do
comércio de combustíveis. Puxadas por preços mais baixos,
as vendas subiram 2,05%.
Já as vendas de supermercados e demais lojas de alimentos, atividade de maior peso no
comércio, aumentaram 0,22%
em relação a outubro.
Os dados do IBGE mostram
ainda que no Nordeste as vendas aumentaram mais que no
resto do país. Na Bahia, por
exemplo, houve expansão de
9,5%. No Maranhão, de 18,26%.
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