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Brasileiros vão pagar por corte na Venezuela
LEILA COIMBRA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A escassez de energia na
Venezuela pode resultar no
aumento da tarifa de eletricidade para o consumidor brasileiro. Atualmente, a capital
de Roraima, Boa Vista, e
mais cinco cidades vizinhas
são abastecidas exclusivamente pela importação da
eletricidade venezuelana.
Para substituir o corte
anunciado pelo governo de
Hugo Chávez, a estatal Eletronorte já começou a ligar
térmicas a óleo combustível,
já que o sistema de distribuição de energia roraimense
não está interligado ao resto
do Brasil. E o consumidor
brasileiro pode acabar bancando o custo dessa geração.
A Eletronorte disse oficialmente que, no primeiro momento, irá absorver esse custo. Mas fonte ligada à empresa disse que a estatal pretende pedir à Agência Nacional
de Energia Elétrica (Aneel)
que inclua esse gasto dentro
da Conta de Consumo de
Combustíveis (CCC), encargo pago pelos consumidores
brasileiros nas contas.
Apenas para o pagamento
do combustível da termelétrica de Floresta, que já está
em funcionamento, serão
necessários R$ 50 milhões
até o mês de março, segundo
apurou a Folha. A usina, localizada em Boa Vista, tem
pouca capacidade de produção de energia, de apenas 47
megawatts (suficiente só para o consumo da capital).
Com os reservatórios de
suas hidrelétricas à míngua e
vivendo um racionamento, a
Venezuela reduziu nesta semana o envio de 100 MW para 80 MW. E irá reduzir em
mais 20% o envio em fevereiro, podendo chegar a um
corte de até 70% em março.
Caso o corte se confirme e
seja preciso reativar outras
usinas ou mesmo contratar
produtores de energia independentes, o custo poderá
chegar a R$ 120 milhões.
A contratação de energia
extra e a inclusão do custo na
CCC será definida no fim do
mês, por grupo ligado ao Ministério de Minas e Energia.
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