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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
Pratini vai ao Oriente buscar novos mercados para a carne
Os frigoríficos brasileiros vão
buscar em outros países alternativas para exportar a carne
bovina que deixará de ser vendida para a União Européia.
Uma missão de donos de frigorífico brasileiros, coordenada
pelo presidente da Abiec (Associação Brasileira da Indústria
Exportadora de Carne), Marcus Vinicius Pratini de Moraes,
embarca na próxima quarta-feira para buscar novos negócios nos seguintes países: Emirados Árabes, Arábia Saudita,
Jordânia e Turquia.
Segundo Pratini de Moraes, o
setor precisa encontrar novas
opções para substituir o mercado europeu. A sua previsão é
que o embargo à carne brasileira pela União Européia ainda
vá demorar um bom tempo. O
Brasil vai deixar de exportar
para os países europeus o correspondente a cerca de US$ 1
bilhão de carne "in natura".
De acordo com o presidente
da Abiec, uma parte dessa carne que deixará de ser embarcada para a União Européia será
aproveitada pelo mercado interno, mas não tudo. Os frigoríficos vão ter de buscar novos
mercados para compensar essa
perda.
Pratini de Moraes diz que será muito difícil para o governo
brasileiro dobrar a decisão da
União Européia de certificar
apenas 300 fazendas brasileiras para exportar carne bovina.
O governo brasileiro apresentou uma lista de 523 fazendas,
mas a União Européia teria rejeitado a proposta.
Para o presidente da Abiec,
além da existência de um lobby
fortíssimo da Irlanda para boicotar a carne brasileira, o governo também cometeu uma
sucessão de erros que atrapalharam ainda mais as negociações. O maior deles foi a declaração do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, de que
os frigoríficos brasileiros exportaram carne não rastreada
para a União Européia. "O Brasil errou muito."
A solução, segundo Pratini de
Moraes, teria sido o governo ter
suspendido a exportação de
carne para a União Européia logo que começou o imbróglio, no
ano passado, para negociar um
melhor acordo para o país. O
presidente da Abiec sugere que
o país aceite, por enquanto, a
restrição imposta pela UE de
apenas 300 fazendas serem
certificadas à exportação para
manter as portas abertas para
os países europeus.
ACAMPAMENTO
Uma equipe da agência gaúcha Live acampou no parque
do Ibirapuera por toda a duração do Campus Party. O motivo é um documentário sobre o evento e seu público, com objetivo de ser um raio-x da realidade dos blogueiros e de suas
tendências de consumo. "Queremos fazer um manifesto do
mundo on-line. Acordar as empresas e alertá-las como trabalhar com esse público", diz o sócio-diretor Lucas Mello.
Com dois anos de existência, a Live tem seu foco voltado para movimentos sociais e culturais e já teve trabalhos realizados em quatro países.
O ROCK À CASA TORNA
O Rock In Rio começa a
se aquecer para voltar para o Brasil, desde 2001
longe do país. Neste mês,
a agência Dream Factory,
em parceria com os postos Ipiranga e lojas
AMPM, abrirá uma promoção para levar brasileiros ao Rock In Rio Madri,
em junho deste ano. "É
um reaquecimento da
marca para o lançamento
oficial do Rock In Rio
Brasil, em 2014", afirma
Paulo Leal, diretor-geral
da empresa. Segundo
Leal, o Brasil já está pronto para receber de volta o
evento, "com a economia
estável e o aumento da
renda, dá para proporcionar isso ao brasileiro". Ele
afirma que o momento é
propício para a volta do
Rock in Rio também porque coincide com a Copa
do Mundo. "O Brasil será
uma vitrine para negociarmos a vinda de bandas
e também para atrair o
turista internacional."
CANUDINHO
A AmBev começou 2008
com alta nos resultados no
segmento de refrigerantes.
Em São Paulo, a empresa
saiu de 17,9%, em dezembro,
para 18,3%, em janeiro. Guaraná Antarctica subiu de
7,8% para 8% no mesmo período. H20H! registrou 3%
de participação, contra 1,7%
do mesmo período de 2007.
PROTESTADOS
Em janeiro, a apresentação de títulos no Serviço
Central de Protesto de Títulos voltou a subir, segundo
pesquisa do Instituto de Estudos de Protesto de Títulos
da Seção São Paulo junto aos
dez tabeliães de protesto da
capital. Foram 220.995 títulos em janeiro contra
171.885 em dezembro.
INTERNACIONAL
Começa nesta semana
uma nova edição do programa de trainees da Camargo
Corrêa. Neste ano, haverá
módulos sobre sustentabilidade e internacionalização.
Entre os 25 participantes, há
argentinos recrutados no
processo de seleção da Loma
Negra, cimentaria argentina
controlada pelo grupo.
NA ESCOLA
A Fecomercio SP terá um
Conselho de Jovens Universitários, para abordar questões relacionadas ao universo estudantil e a temas empresariais. Para a composição desse grupo, foram convidados representantes de
14 universidades e faculdades, entre elas USP e PUC-SP.
ESTRATÉGIA
Desembarcou no Brasil,
nesta semana, Thierry Jadot, diretor de marketing estratégico e de vendas internacionais da Europ Assistance, de serviços de assistência 24 horas. Jadot vem
apresentar uma estratégia
comercial de marketing.
CONSTRUÇÃO
A Celta Engenharia investirá R$ 20 milhões na construção do condomínio Saint
Vivant Residence Club, no
Recreio dos Bandeirantes.
Serão dois prédios, totalizando 96 unidades. O empreendimento será lançado
em março.
JARDINAGEM
A Aliança do Brasil patrocina ação para neutralizar o
gás carbônico emitido na
primeira etapa do Circuito
Banco do Brasil Vôlei de
Praia 2008, que acontece até
amanhã, em Xangri-lá (RS).
Serão plantadas 751 árvores
em área de preservação.
PANOS QUENTES
De acordo com pesquisa
realizada pelo Sindicato do
Comércio Atacadista de Tecidos de São Paulo, foi registrada uma variação positiva
de 3% nas vendas na primeira quinzena de fevereiro na
comparação com o mês de
janeiro.
com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA
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