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Reajuste do mínimo e queda da inflação devem manter rendimento real em alta
DA SUCURSAL DO RIO
O reajuste do salário mínimo
e a menor inflação em 2009
-projetada pela LCA em 4,7%,
abaixo do IPCA de 5,90% em
2008- devem manter o rendimento real em alta neste ano,
segundo Fábio Romão, economista da consultoria. Em dezembro, a renda nas seis maiores regiões metropolitanas do
país cresceu 3,6%, menor do
que nos meses anteriores. Na
média de 2008, subiu 3,4%.
Já o impacto no emprego,
diz, será maior na indústria e
menos intenso nos serviços, o
que deve conferir um desempenho melhor às metrópoles, onde se concentra o setor.
Em dezembro, esse perfil já
se delineava. O emprego industrial cresceu 1,5% na região metropolitana de São Paulo, contra uma expansão de 4,5% nos
serviços, segundo dados da Pesquisa Mensal de Emprego do
IBGE elaborados pela LCA.
"Para a indústria, o pior momento foi o último trimestre do
ano passado. O cenário ainda é
ruim, mas tende a se recuperar
um pouco. Comércio e serviços
vão sentir os efeitos da crise
com mais defasagem e com menor intensidade", diz Romão.
Na pesquisa de emprego e salário na indústria do IBGE, o
nível de ocupação se sustentou
na maior parte dos setores no
quarto trimestre de 2008, mesmo naqueles que lideraram a
queda de produção. São os casos de metalurgia básica (7%),
máquinas e equipamentos
(5,8%), material eletroeletrônico e de comunicações (5,8%) e
meios de transporte (4,1%). Todos se desaceleram na comparação com setembro. No último
trimestre de 2008, se destacou
o emprego na indústria extrativa (3,8%), impulsionada pelo
setor de petróleo e gás.
Os ramos intensivos em
mão-de-obra e que já vinham
com desempenho negativo
aprofundaram a tendência de
queda no nível de emprego. Os
piores desempenhos no quarto
trimestre ficaram com fumo
(8,3%), têxtil (5,8%), vestuário
(8,5%), calçados (7,4%) e madeira (11%), segundo o IBGE.
"No acumulado de 2008, os
setores que lideraram a produção, como máquinas e equipamentos e veículos, também foram os que mais geraram empregos, especialmente por causa do bom desempenho até setembro", afirma Isabella Nunes, gerente da pesquisa de indústria do IBGE.
Os principais impactos positivos no emprego vieram em
2008 de máquinas e equipamentos (10,4%), meios de
transporte (8,5%), aparelhos
eletrônicos e de comunicações
(10,6%) e alimentos (2,3%)
-todos com expansão acima da
média, de 2,1%.
(PS)
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