|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ECONOMIA INTERNACIONAL
Espanha lidera perdas, por causa de atentados e eleições; cotação do barril sobe a US$ 37,44
Terrorismo derruba Bolsas; petróleo sobe
DA REDAÇÃO
A quase convicção de que os
atentados em Madri tiveram o dedo dos radicais islâmicos do grupo Al Qaeda derrubou os mercados globais ontem. Na Espanha, a
vitória dos socialistas (oposição)
nas eleições do último domingo
também foi mal recebida.
Na Europa, as perdas foram puxadas pelo índice Ibex-35, o principal da Bolsa de Madri, que caiu
4,2%. Para alguns analistas, a vitória do socialista José Luis Rodríguez Zapatero poderá significar
maior intervenção na economia.
Mas, de uma maneira geral, o
que pesou mesmo nas Bolsas de
todo o planeta foi a ameaça do terrorismo. Ações de empresas aéreas, de turismo e de seguradoras
foram as mais atingidas.
Inicialmente, os atentados foram atribuídos ao grupo separatista basco ETA, e os impactos nos
mercados foram limitados. Os indícios mais recentes, no entanto,
apontam para o grupo de Osama
bin Laden, o que traz o temor de
novos ataques, especialmente
contra aliados dos EUA.
Por isso, os investidores fugiram de aplicações consideradas
de maior risco e se refugiaram em
portos seguros, como os títulos do
Tesouro norte-americano. As incertezas geopolíticas também
pressionaram as cotações do petróleo, que alcançaram os maiores valores em um ano.
O índice Dow Jones da Bolsa de
Nova York perdeu 1,34% e caiu a
10.102,89 pontos, o nível mais baixo do ano. A Nasdaq caiu 2,29%.
No acumulado do ano, tanto o
Dow Jones como a Nasdaq acumulam perdas de mais de 3%.
O maior tombo de ontem foi
protagonizado pela Delta Air Lines, que informou que obterá resultados abaixo do estimado anteriormente. As ações da companhia aérea caíram 5%, e outras
empresas do setor também tiveram um mau dia.
"Os ataques são uma desculpa
para manter a carteira no bolso",
disse Todd Clark, diretor da corretora do banco Wells Fargo.
Depois de Madri, a Bolsa européia que mais perdeu foi a de
Frankfurt, com recuo de 2,67%.
Paris teve uma queda de 2,4%, e
Londres recuou 1,22%.
Barril de pólvora
Na Bolsa Mercantil de Nova
York, o barril do petróleo subiu
3,45% e fechou cotado a US$
37,44. Em Londres, o preço do
barril do tipo Brent subiu ficou
4,84% e fechou em US$ 33,80.
Além da ameaça terrorista,
pressionam as cotações fatores
com a crescente demanda chinesa
e os baixos níveis dos estoques
americanos. Os preços hoje são os
maiores desde a alta atingida às
vésperas do ataque ao Iraque.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Aviação: Embraer fecha venda no valor de US$ 320 mi Próximo Texto: Cai ociosidade na indústria norte-americana Índice
|