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Fiscais retiram 50 caixas em blitz no Promocenter
FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL
Fiscais da Receita Federal e da
Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo retiraram entre terça-feira e ontem cerca de
50 caixas de mercadorias importadas do Promocenter, centro comercial instalado na rua
Augusta e alvo de uma blitz que
objetiva combater o contrabando e a pirataria no país.
Acessórios para computadores, produtos eletrônicos, CDs
e óculos foram apreendidos
ontem em 12 lojas do shopping,
que possui cerca de 140 pontos-de-venda. Na terça-feira, foram
retiradas mercadorias de outros 12 boxes.
Boa parte dos boxes permaneceu fechada na terça-feira e
ontem. Sem mandados judiciais, os fiscais só puderam agir
nas lojas que estavam abertas.
Os lojistas que tiveram as
mercadorias apreendidas, segundo informa a Receita Federal, terão 24 horas para apresentar notas fiscais. Se não
mostrarem a documentação,
vão receber autos de infração
de perdimento dos produtos.
Assim que receberem esses
autos, os lojistas terão 20 dias
para apresentar defesa. Os produtos ficarão à disposição da
União se a importação não estiver legalizada e documentada.
Em 2005, segundo informa
Guilherme Adolfo Mendes, superintendente-adjunto da Receita Federal em São Paulo,
R$ 600 milhões em mercadorias importadas foram apreendidas no país. No Estado de São
Paulo foram R$ 124 milhões.
Mendes informa que as ações
de fiscalização do tipo que está
acontecendo no Promocenter,
em parceria com a Secretaria
da Fazenda paulista, serão cada
vez mais comuns.
A decisão da Receita de abordar também o consumidor que
comprar produto importado
sem nota fiscal (nesse caso, a
mercadoria será apreendida),
vai ajudar a combater o comércio de produto ilegal no país, na
avaliação de Mendes. "Se não
há demanda por esse tipo de
mercadoria, esse tipo de comércio não sobrevive", diz.
Mendes informa que exigir
nota fiscal no ato da compra de
um produto é um direito do cidadão, assim como votar.
"Mas, da mesma forma, é um
dever. Se não votar, comete um
ato ilícito, assim como adquirir
produto importado sem documento fiscal", afirma.
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