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Conexões de internet em alta velocidade já superam acessos por linha discada
DA REDAÇÃO
No ano passado, pela primeira vez, o número de lares brasileiros com conexões em banda
larga -50% dos que têm internet- foi maior do que aqueles
com acesso por linha discada
(42%). Os 8% restantes não
souberam responder à pesquisa realizada pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da
Informação e da Comunicação
em 17 mil domicílios, divulgada
na semana passada.
Em 2006, 40% tinham internet rápida. O levantamento
mostrou ainda que a proporção
de domicílios com conexão de
ambos os tipos subiu de 14%
para 17% do total de lares.
Rogério Santana, membro do
Comitê Gestor da Internet no
Brasil, destaca que a presença
das TVs por assinatura nesse
segmento estimula a competição, mas ressalta que ainda há
poucos produtos destinados às
classes mais baixas.
Na análise por faixa salarial, o
estudo mostra que, nas classes
D e E, 39% dos entrevistados
afirmaram ter banda larga, e
37%, acesso por linha discada.
Entretanto, 24% nem souberam responder à pergunta.
Além da renda, há ainda mais
três variáveis, segundo Santana, que influenciam na aquisição do serviço: nível educacional, idade e local onde o consumidor mora, já que é comum
haver restrições à oferta em
bairros da mesma cidade.
A falta de disponibilidade na
área, aliás, foi o motivo apontado por 15% dos entrevistados
para não ter uma conexão mais
veloz. O custo elevado foi citado por outros 32%. A maior
parte (43%), no entanto, respondeu que não tinha interesse
no serviço.
O presidente da Abranet (Associação Brasileira dos Provedores de Internet), Eduardo
Parajo, lembra que um grande
passo rumo à democratização
foi dado com a redução da carga
tributária na venda de micros,
dentro do programa Computador para Todos. A queda no
preço também foi impulsionada pela desvalorização do dólar
ante o real. "Mas o computador
ainda é caro", avalia.
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